Turismo residencial em Portugal está em queda até 2011 - TVI

Turismo residencial em Portugal está em queda até 2011

Feira Algarve

Depois é esperada recuperação lenta

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O turismo residencial vai cair em Portugal nos próximos dois anos devido à crise económica, mas deve recuperar lentamente a partir de 2011, afirmou esta terça-feira uma especialista britânica, citada pela agência «Lusa», acrescentando que o país se deve manter fiel aos mercados tradicionais.

Muriel Muirden, directora da consultora Economics Research Associates (ERA) e especialista em projectos turísticos, identificou em Lisboa algumas oportunidades e desafios que se colocam aos «resorts» turísticos, sublinhando que os próximos dois anos vão ser difíceis para Portugal.

Os efeitos da crise atingiram duramente o Reino Unido, o principal motor do mercado de segundas casas no Algarve, e os preços das habitações só devem voltar a atingir os valores do ano passado em 2012, estimou a responsável da ERA.

Apesar de acompanhar a retracção britânica, Muriel Muirden acredita que Portugal é um destino de recuperação de médio prazo, graças aos desenvolvimentos turísticos recentes ou em curso, que considerou «muito interessantes».

A directora da ERA salientou ainda que Portugal se deve manter fiel aos seus mercados tradicionais, como o britânico, o alemão e o escandinavo, apesar da importância crescente do mercado russo com classes média e alta ansiosas por viajar e gastar.

«O apelo de Portugal vai manter-se para o mercado britânico. Devem manter-se fiéis aos mercados tradicionais» que têm tido bons resultados.

Quanto ao facto de Portugal não estar a captar os russos, Muriel Muirden entende que «isso não é necessariamente mau, porque quando estes entram num mercado, os outros tendem a sair».

«As aspirações são muito diferentes», justificou.

Alentejo tem de ser mais sexy

O golfe continua a dar cartas, mas há desafios a enfrentar, para satisfazer critérios ambientais e turistas mais exigentes.

«O golfe já não é a âncora ideal para um resort, se estiverem isolado», avisou.

A responsável da ERA frisou que Portugal mantém o seu potencial no Algarve e na costa, mas considerou que o Alentejo interior, sustentado pelo Alqueva, só vai funcionar «se se posicionar de forma mais sexy», valorizando a história, a comida e o vinho.

«Tem de se desenvolver uma marca forte para o Alentejo, porque a escolha tende sempre a recair na costa. Tem de se criar uma vontade», afirmou, adiantando que a água do lago vai ser importante, «mas é preciso garantir a qualidade».

Por outro lado, a relação preço/qualidade não deve ser demasiado ambiciosa.
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