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Partidos responsabilizam governo socialista pelos números divulgados pelo INE

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Paulo Portas responsabilizou o governo socialista pela estagnação da pobreza em Portugal, dizendo também que os únicos anos em que houve uma redução nos números foram aqueles em que o CDS-PP esteve no governo.

«Há uma coisa que é inexorável. Os únicos dois anos em que a pobreza recuou em Portugal de 20 por cento para 18 por cento foram os anos em que o CDS, apesar da pouca força que tinha, conseguiu impor uma política de convergência de pensões», disse esta quarta-feira o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, num comentário aos números da pobreza em Portugal divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Portas lembrou que foi no período em que o seu partido integrou, em coligação pós-eleitoral, o executivo PSD, que as pensões mínima, social e rural mais subiram e durante mais anos consecutivos. «Isso deu um pouco mais de poder de compra a quem tinha menos. Os socialistas chegaram e acabaram com isso. A redução da pobreza estagnou», acusou o líder centrista, frisando que a pobreza é particularmente sentida pelos idosos em Portugal. «É por isso que a minha prioridade é melhorar pensões, não é andar a distribuir o rendimento mínimo às cegas».

«Comprometo-me a fiscalizar mais o rendimento mínimo, porque não deve ser dado a quem pura e simplesmente não queira trabalhar e aquilo que conseguir e conseguirei com essa fiscalização vou aplicar directamente nas pensões de reforma dos idosos com pensões mais baixas», revelou Portas

Números do INE são «puramente economicistas»

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) classificou de «puramente economicistas» os números divulgados pelo INE sobre as condições de vida dos portugueses que apontam para a estagnação da pobreza.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do UMP, Manuel Lemos, fez um «balanço cauteloso» destes dados, afirmando que é «uma avaliação puramente financeira». «Esses números são puramente economicistas, não têm a ver com uma efectiva qualidade de vida das pessoas».

«O que nos chega às Misericórdias é que, mesmo quando as pessoas, por algum subsídio que o Estado deu, receberam mais dinheiro, esse dinheiro, de uma maneira geral, não representa nenhuma melhoria para a sua qualidade de vida». A União das Misericórdias Portuguesas tem vindo a sustentar que para os idosos, mais importante do que o dinheiro, é o fornecimento de serviços.

«Estas pessoas precisam é de ter mais segurança, menos solidão, mais cuidados de higiene e alimentação», comentou Manuel Lemos, acrescentando que não é distribuindo dinheiro às pessoas que se aumentam os seus níveis de vida.

Dados são motivo de «grande preocupação»

«Os dados divulgados são motivo de grande preocupação, tanto mais porque se referem ao ano de 2007, ou seja, não reflectem o impacto da crise», disse a deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto.

A deputada afirmou que os últimos dados divulgados mostram que a economia vai continuar com problemas, o que quer dizer que o desemprego irá continuar a aumentar, com consequências para os níveis de pobreza. Helena Pinto referiu ainda como preocupante o aumento do risco de pobreza dos jovens com menos de 18 anos.
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