O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) não costuma ceder à diplomacia ou à subjectividade, mas quando se trata da China, Dominique Strauss-Khan conta também com a ajuda do inesperado para ajudar o país a resistir à crise global, escreve a agência Lusa.
«A China já mostrou no passado que às vezes é capaz de fazer muito mais do que se espera», disse esta semana Strauss-Khan sobre as previsões de crescimento da economia chinesa em 2009. «Oito por cento (mais 1,3 pontos do que o FMI prevê) será muito ambicioso, mas é possível».
Strauss-Khan coincide, neste aspecto, com o Governo chinês: «Será difícil alcançar um crescimento de oito por cento, mas estou certo que, com trabalho árduo, será possível», disse o primeiro-ministro, Wen Jiabao, no Fórum de Davos.
Crise até pode ajudar a China
«A China será dos primeiros países a sair da crise, talvez já no segundo semestre de 2009», afirmou um diplomata europeu colocado em Pequim há dois anos.
«O Governo tem muito peso na gestão da economia e o pacote de estímulos que anunciou (quatro biliões de yuan ou 440 mil milhões de euros) é muito grande», justificou.
O responsável de uma empresa europeia da área da energia realça, também, que «a China tem mais folga que os outros países».
«A crise até pode ajudar a China a criar mais eficiências no seu modelo de desenvolvimento».
Crise: o enigma do crescimento chinês
- Redação
- JF
- 7 fev 2009, 12:29
China pode recuperar já no segundo semestre
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