CTT gasta 3,4 milhões com horas não trabalhadas de dirigentes - TVI

CTT gasta 3,4 milhões com horas não trabalhadas de dirigentes

CTT

Greve convocada para segunda-feira

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Os CTT revelaram esta quinta-feira que gastaram 3,4 milhões de euros com as horas não trabalhadas, dispendidas em trabalho sindical em 2007, e reiteraram a intenção de reduzir o número de dirigentes sindicais com dispensa total ao trabalho.

Numa nota divulgada esta quinta-feira, citada pela agência «Lusa», a empresa liderada por Luís Nazaré explica ainda que foi convocada uma greve para segunda-feira por 4 dos 13 sindicatos existentes, mas assegura que esta paralisação não deverá trazer «grandes constrangimentos ao serviço».

Empresa está em negociações com os sindicatos

A empresa recorda que se encontra em processo negocial com os sindicatos para a obtenção de um novo acordo de empresa (AE) e que a terceira proposta apresentada há cerca de uma semana pela administração (e que já inclui contributos dos sindicatos) não põe em causa empregos, remunerações ou benefícios associados ao sistema de saúde.

A grande alteração prende-se com a redução dos benefícios sindicais, mais concretamente a redução do número dos dirigentes sindicais que beneficiam mensalmente da dispensa completa ao trabalho, de 100 para 38.

Esta é uma proposta que não penaliza as liberdades sindicais nem o número de dirigentes, mas procura «aproximar a realidade dos dirigentes sindicais da realidade dos restantes trabalhadores», frisa a nota dos Correios.

Os CTT defendem que o Código do Trabalho prevê, para uma empresa com a sua dimensão, a existência de 9 dirigentes sindicais e sustentam que a soma das horas pagas e não trabalhadas ascende anualmente a 28 mil dias, mais que os 26 mil dias que a empresa pagou no ano passado por licenças de maternidade, paternidade, luto, casamento e licenças para trabalhadores estudantes.
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