Reestruturação na EMEF passa por corte de 600 postos de trabalho - TVI

Reestruturação na EMEF passa por corte de 600 postos de trabalho

CP

O Governo impôs à CP que proceda à reestruturação do seu sector industrial. Em causa está a continuidade das oficinas da EMEF no Barreiro, Entroncamento, Campolide e Figueira da Foz. E a manutenção de 600 postos de trabalho.

José Manuel Oliveira, representante do sindicato dos trabalhadores ferroviários, disse ao Diário de Notícias, que os trabalhadores da EMEF estão na «expec- tativa sobre o futuro da empresa e não aceitam que se resolva o problema da fábrica da Amadora à custa da EMEF.»

Estudos sobre o sector industrial da CP apontam para excesso de pessoal na EMEF, actualmente com 1700 trabalhadores. A concentração das oficinas de Oeiras, Campolide, Santa Apolónia, Barreiro e parte do Entroncamento nas instalações da Bombardier não faz sentido, segundo o representante da EMEF. Porque, diz, «a fábrica da Amadora é servida pela linha de Sintra, que é somente a linha mais congestionada da rede ferroviária nacional». Uma coisa é estar vocacionada para a produção de material em que se utiliza a linha de vez em quando, outra é concentrar um centro de competências ferroviárias nas instalações, e só poder circular na rede de noite, para não sobrecarregar mais a linha, conclui José Manuel Oliveira.

Sobre a redução de pessoal, o mesmo responsável sindical adianta que a EMEF tem vindo a proceder à supressão de postos de trabalho, e atira as culpas para a subcontratação de empresas para trabalhos de manutenção nas suas instalações, apontando o caso do material Alfa Pendular. O plano de abatimento de material circulante avançado pela CP é tam- bém apontado como uma das causas.
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