Relatório revela países «sensíveis» às mudanças climáticas - TVI

Relatório revela países «sensíveis» às mudanças climáticas

Onda de calor atinge Europa (Foto EPA)

Haverá um aumento da intensidade, frequência, duração e alcance de desastres relacionados com o clima

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Um relatório divulgado esta sexta-feira classifica a Índia, o Paquistão, o Afeganistão e a Indonésia como países extremamente sensíveis à mudança climática, devido à sua vulnerabilidade frente a desastres vinculados ao fenómeno, como secas extremas, inundações e ciclones, de acordo com a agência Efe.

O estudo, elaborado pela organização Care International e pelo Escritório de Ajuda Humanitária das Nações Unidas (Ocha), afirma que parte dos desafios políticos, sociais, demográficos, económicos e de segurança enfrentada por esses países estão vinculados a esses perigos naturais.

«A mudança climática complicará as coisas e poderá debilitar os esforços para conduzir tais desafios», afirmou Charles Ehrhart, um dos autores do relatório e representante da Care International.

A situação não é exclusiva dos quatro países, observam os especialistas, mas também afecta outras nações das regiões do Sael, do Corno de África e do sudeste da Ásia.

«Estes perigos não resultarão necessariamente em desastre»

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, John Holmes, disse que nos últimos meses foram vistas «imagens terríveis de pessoas afectados por catástrofes naturais em diversos pontos do planeta». Holmes mencionou os casos do furacão Ivan em Madagascar, a forte seca em zonas do sul e do leste da Ásia, e o ciclone Nargis em Mianmar.

Ehrhart explicou também que a probabilidade de que inundações, tempestades violentas ou secas resultem em desastres é determinada por factores como o acesso oportuno e adequado a equipamentos, à informação e a capacidade de exercer influência política.

O relatório repete a previsão de outras avaliações científicas ao afirmar que haverá um aumento da intensidade, frequência, duração e alcance de desastres relacionados com o clima. No entanto, deu esperança ao dizer que «estes perigos não resultarão necessariamente em desastres, caso os líderes mundiais actuem agora».
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