Portugal terá de recorrer «rapidamente» ao fundo de resgate do FMI - TVI

Portugal terá de recorrer «rapidamente» ao fundo de resgate do FMI

Ratoeira

Mais um nome na já longa lista de analistas que prevêem que será inevitável para Portugal pedir ajuda externa. Agora é a vez do chefe do de estudos económicos do Deutsche BanK

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Portugal «terá de recorrer» ao fundo de resgate da Europa/FMI se as circunstâncias se mantiverem, ou seja, se os mercados continuarem a não oferecer condições aceitáveis de financiamento do país. Esta é, pelo menos, a opinião do chefe do gabinete de estudos económicos do Deutsche Bank.

«Olhando para o comércio de títulos da dívida pública portuguesa acho, no entanto, que não vão conseguir ganhar a confiança suficiente dos mercados para poderem agir autonomamente», avaliou o Thomas Mayer.

«Por isso, é melhor agirem rapidamente, e requerem ajuda de forma pró-activa», disse o analista à Lusa.

Para Mayer, o problema de Portugal é ter tido taxas de crescimento inferiores à média da Zona Euro, e pouco acima de 1%, desde 2001.

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Além disso, ressaltam as dificuldades em conter o défice orçamental e um grande endividamento de particulares e empresas, «superior até ao da Grécia».

Assim, os mercados levantam «grandes interrogações sobre Portugal, e esperam que, mais cedo ou mais tarde, o país tenha de recorrer ao fundo de resgate europeu, e acham que devia fazê-lo rapidamente».

No que se toca à possibilidade de Portugal escapar ao destino da Grécia e da Irlanda, que também tiveram de recorrer á ajuda europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), graças à compra de obrigações do tesouro pela China, Meyer mostrou-se céptico.

«Acho que isso não resolve o problema, o interesse da China é, no fundo, um lance de xadrez político muito hábil, para conseguir investimentos em empresas e infra-estruturas no mercado europeu, o que está impedida por lei de fazer nos Estados Unidos».

«Não consigo imaginar que a China esteja interessada no mercado português de bonds, porque face aos 1,5 biliões de dólares que eles têm para aplicar. É demasiado pequeno e desinteressante», disse ainda Thomas Mayer.

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