FMI: Grécia está a progredir nas garantias para reduzir défice

A Grécia está a fazer bons progressos nas garantias que assumiu para reduzir o défice e assim poder beneficiar do pacote de ajuda financeira de 137 mil milhões de euros que permitiu evitar a bancarrota, considera o FMI.

«O programa está a avançar em todas as dimensões», declarou esta quinta-feira o vice-director geral do departamento da Comissão Europeia para os assuntos económicos e financeiros, Servaas Deroose, citado pela Bloomberg.

Deroose faz parte de uma equipa de funcionários da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) presentes na capital grega para analisar os progressos efectuados pelo Governo na implementação de um pacote de medidas de austeridade - que representam 14 por cento do PIB ¿ e visam reduzir o défice até 2014.

O incumprimento da Grécia contribuiu para uma queda de 13 por cento na Zona Euro este ano, algo preocupante numa altura em que outros países, como a Espanha, também são apontados pela imprensa como podendo vir a necessitar de ajuda financeira, escreve a Lusa.

As principais medidas

Pressionado pelos mercados internacionais e pelos parceiros da Zona Euro, o governo grego foi forçado a avançar, em Março, com um segundo reforço do plano de combate ao défice, aprovado em Fevereiro.

Este pacote representa mais 4,8 mil milhões de euros, repartidos em partes iguais por mais cortes de despesa e mais carga fiscal, e que acrescem aos cinco mil milhões anunciados um mês antes.

Os gregos assistiram assim à subida da taxa do IVA, de 19 por cento para 21 por cento, o congelamento das pensões dos antigos funcionários do Estado e o corte de um salário na Função Pública, através da redução, em 30 por cento, dos pagamentos extraordinários que normalmente são feitos no natal, na Páscoa e nas férias.