As vantagens da energia hídrica - TVI

As vantagens da energia hídrica

Barragens permitem armazenar como nenhuma outra

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O peso da energia hídrica está a diminuir em Portugal, à medida que a eólica se vai desenvolvendo, mas nem por isso a sua importância se vai reduzindo. Além de trabalhar como complemento da energia eólica, as barragens têm especial importância pela capacidade de armazenamento, considera o presidente da Associação Portuguesa de Energia Renováveis (APREN).

De acordo com António Sá da Costa, que cita um estudo da REN, em 2011, a energia eólica vai exceder a potência máxima nas horas de vazio. Fonte da REN explicou à Agência Financeiracomo chegaram a esta conclusão. Actualmente, a energia produzida a partir do vento, nas horas de menor consumo aos fins-de-semana, está nos 4 mil MegaWatts (MW). Ora, daqui a dois anos, as previsões apontam para que esta produção tenha aumentado para 4.200 MW - com 5 mil MW instalados no país -, confirmando-se assim um novo máximo de potência.

O responsável da APREN explicou ainda que, «teoricamente, nas horas de vazio, seria possível ter o país abastecido a 100% pela energia eólica, mas na prática não, e é aqui que entra a hídrica. Esta consegue fazer o que mais nenhuma outra fonte consegue que é fazer gestão de reservas».

Mas há ainda outros pontos a favor da hídrica. O engenheiro civil referiu que, em apenas dois minutos, as barragens com albufeira podem atingir a sua potência máxima e conseguem ter a máquina parada em sete segundos. Já, por outro lado, uma central térmica a gás natural, se estiver parada e «abrirmos a torneira», leva seis a 12 horas para atingir a capacidade máxima e leva vários dias até parar por completo.

Sá da Costa considera assim a hídrica como fundamental para o sucesso da política energética de Portugal, mas não desvaloriza a importância de outras fontes. Acerca do «mix» energético, o responsável adianta que «não há uma receita padrão para todos os países e que cada um tem que encontrar o seu».



De referir que, até ao próximo mês de Junho, o Governo terá que apresentar a aposta de Portugal para o sector nos próximos anos.
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