Maior resgate de sempre à Grécia não seduz mercados

A bolsa de Lisboa está a viver uma sessão muito volátil. Arrancou no verde, já esteve no vermelho e, agora, o principal índice, o PSI20, segue praticamente na linha de água a subir 0,04%.

Já a Europa está pintada de vermelho. As principais praças sofrem perdas entre 0,09% em Frankfurt e 0,99% em Madrid.

Esta é a primeira reacção dos mercados ao plano de ajuda europeu à Grécia. Os investidores receiam que este pacote de ajuda possa ter obstáculos políticos, já que o pacote de ajuda terá de ser debatido nos parlamentos nacionais, nomeadamente o alemão.

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A sair mais prejudicada com estes receios está a banca, com o BES à cabeça a perder 2,30%, para os 3,51 euros por acção. Isto num dia em que o banco de Ricardo Salgado apresenta resultados trimestrais, após do fecho da sessão.

A abertura dos mercados em vídeo

BCP e BPI acompanham a tendência. Banco de Santos Ferreira perde 0,85% para os 0,69 euros e BPI desliza 0,35% para os 1,67 euros por acção.

No vermelho está também a Sonaecom: recua 0,15%, depois de já ter estado a cair quase 2%.

A PT já inverteu o sentimento de abertura e segue a perder 0,13% para os 7,66 euros, depois da Vivo, a sua subsidiária brasileira, ter apresentado um crescimento dos lucros de 44% no primeiro trimestre de 2010, resultados que ficaram abaixo das expectativas.

Já fora do principal índice, nota para as acções do Benfica que perdem 1,99% depois de já terem estado a derrapar mais de 5%, depois da derrota de ontem no estádio do Dragão. Já os títulos do FC Porto estão inalterados nos 1,10 euros e 90 acções trocadas de mãos.

A contrariar o pessimismo está o sector da energia. EDP sobe 0,44%, enquanto que a Galp lidera a tabela ao ganhar 1,70%. A petrolífera está a acompanhar os preços do petróleo nos mercados de referência, que já inverteram o sentimento e seguem a valorizar. Cada barril custa mais de 87 dólares.

Do outro lado do Atlântico, os futuros apontam para uma abertura em alta dos mercados de Nova Iorque, isto no dia onde em que serão conhecidos novos dados sobre o consumo interno e o índice industrial.