Vulcão: camionistas vivem «frete» nas estradas da Europa - TVI

Vulcão: camionistas vivem «frete» nas estradas da Europa

Camionistas (foto: Filipe Caetano)

Trânsito continua muito compacto. Milhares de pessoas tentam chegar a casa através do Canal da Mancha

Relacionados
O bloqueio aéreo dos últimos dias, resultante do vulcão na Islândia, provocou «mais trânsito e mais frete» nas estradas do centro da Europa, segundo camionistas portugueses na região do Nord-Pas-de-Calais.

«O trânsito continua muito compacto para esta época do ano em vários pontos» do norte de França e nas auto-estradas da Bélgica, Holanda e Alemanha, segundo o camionista Luís Mendes, em trânsito a sul de Calais, na rota de regresso a Portugal, escreve a Lusa.

Também em Calais continuou, nas últimas horas, a afluência de milhares de passageiros bloqueados em aeroportos da Grã Bretanha ou da Europa continental e que tentam chegar a casa atravessando o Canal da Mancha.

«Na Alemanha encontrei um casal português que devia ter voado desde o Porto mas, como não havia aviões, resolveu fazer a viagem de carro até ao norte da Europa», contou outro camionista português, Lino Bugalho.

A crise de aviação na Europa provocou também um aumento da procura dos transportes internacionais de mercadorias, na principal auto-estrada que canaliza o tráfego do Túnel da Mancha, do «Benelux» (Bélgica, Luxemburgo e Holanda), da Alemanha Ocidental e de Paris e resto de França.

«Descarreguei na Bélgica, na fronteira da Holanda, e ainda tinha carga em cima do carro e já tinha carga de retorno na Alemanha para ir carregar», explicou Luís Mendes.

«Há muitos camiões que carregam contentores que normalmente iriam por via aérea ou até por via marítima, como este que eu aqui trago», disse Jorge Vala, assinalando o longo toldo branco que cobre a carga do seu camião.

«Nem é permitido trazer estes contentores dos barcos, porque vai seguro ao atrelado com umas cintas mas não como deve ir normalmente. Mas como vai coberto, ninguém vê», ressalva o camionista português. «Trabalha-se na mesma».
Continue a ler esta notícia

Relacionados