Obras públicas: Espanha suspende 40 contratos - TVI

Obras públicas: Espanha suspende 40 contratos

Construção civil [Arquivo]

Medida tem em vista cortar 3,2 mil milhões de euros nas despesas públicas para reduzir o défice

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É uma verdadeira corrida contra o tempo para reduzir as despesas públicas em 3,2 mil milhões de euros nas próximas semanas e fazer boa figura no combate ao défice ainda este ano. Para alcançar este objectivo, o Ministério do Fomento espanhol deverá riscar da agenda, pelo menos, 40 contratos de obras públicas.

«Qualquer projecto que não esteja numa fase muito avançada de execução deve ser paralisado e reformulado», asseguraram os directores de obra daquele ministério, ao jornal espanhol «Cinco Días».

Esta decisão foi tomada em colaboração com o ministério das Finanças. E tudo indica que o ministério do Fomento tenha já decidido não avançar com nenhum projecto rodoviário. Até as despesas com a conservação e manutenção das estradas deverão sofrer um corte de 15%.

Estradas param. Concursos públicos ficam congelados

A tutela terá já iniciado os primeiros contactos com as empresas afectadas por esta medida. Grande parte das rescisões dizem respeito a contratos já adjudicados, mas cujas obras ainda não avançaram. Uma segunda fase diz respeito à suspensão de algumas obras que já arrancaram, mas que ainda se encontram numa fase inicial de construção.



Deverão ser ainda analisadas, uma a uma, as restantes obras. Se «for mais caro parar do que terminar», a continuidade dos projectos pode ser posta em causa. Há, por outro lado, «que custear a retirada das máquinas, se os trabalhos terminarem». De resto, tentar-se-á retardar o andamento das obras «para evitar ter que pagar as certificações de trabalho».

Ou seja, só serão finalizados projectos em que falte apenas pintar e sinalizar; no fundo, «aqueles com um grau de execução em torno dos 90%», disseram fontes de uma empresa ao mesmo jornal.

As medidas não se ficam por aqui. Os concursos públicos vão ser congelados, depois de terem sofrido uma quebra substancial desde Janeiro. A prová-lo está, por exemplo, a suspensão de estudos sobre ligações rodoviárias entre Sevilha e a fronteira portuguesa.
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