Pedidos de ajuda disparam: igrejas já pagam medicamentos e prestações - TVI

Pedidos de ajuda disparam: igrejas já pagam medicamentos e prestações

Loja «É Dado» da Cáritas de Lisboa

IURD, Caritas, Igreja Católica e comunidade muçulmana: crise não escolhe religiões

Em tempos de crise e quando o Estado já não pode ajudar, milhares de portugueses voltam-se para as igrejas. De acordo com o jornal «i», as comunidades religiosas hoje em dia fazem mais do que providenciar roupa e comida a quem ficou sem dinheiro: pagam contas, medicamentos e até prestações ao banco.

Nas várias correntes religiosas, o denominador comum é o forte aumento dos pedidos de ajuda. A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) diz que há mais 20% de fiéis nos cultos, na comunidade muçulmana os pedidos de ajuda cresceram 200% e a Igreja Católica prepara um fundo solidário para estimular a criação de emprego.

A Caritas, que também fala num aumento de quase 30% nos pedidos de ajuda, diz que está a dar menos a cada um, para poder chegar a mais pessoas. E o perfil de quem pede ajuda à instituição está a mudar: são sobretudo desempregados, que chegam a ir pedir emprego à Igreja, e que estão a viver uma experiência nova de carência de recursos, escreve o «i».

Igreja Católica prepara fundo para estimular emprego

A pensar nos desempregados, a Igreja Católica vai lançar um novo fundo cujo objectivo é ajudar as pessoas a encontrar trabalho. O fundo ainda nem foi apresentado oficialmente e já angariou 60 mil euros. Para abrir a conta, a Cáritas ofereceu 30 mil e o restante foi angariado através de donativos de particulares, via multibanco.

Junto da comunidade muçulmana, a maioria das solicitações são para resolver as despesas rotineiras. «Chegam-nos pedidos de auxílio para pagar rendas em atraso, contas da água, da luz, do gás», explica o sheikh David Munir, representante da comunidade em Portugal, ao mesmo jornal. Medicamentos, material escolar e cabazes com alimentos são outros pedidos frequentes. «Chegam a trazer-nos as receitas do médico e pedem, até, para sermos nós a comprar os medicamentos», conclui.
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