Casa: é melhor comprar ou arrendar? - TVI

Casa: é melhor comprar ou arrendar?

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Procura de casas para arrendar voltou a atingir máximos. Aumento da procura inverte tendência de compra de casa própria, devido às dificuldades de obtenção de crédito

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A crise está a fazer disparar a procura de casas para arrendar. Julho foi o mês de excelência, ao tocar o resultado mais elevado dos últimos cinco meses.

Lisboa e Porto foram os distritos onde a procura por arrendamento residencial foi mais elevada, com 26,9% e 25,1%, respectivamente do total das pesquisas realizadas no bimestre Junho/Julho. Já os distritos de Santarém (19,5%) e Viana do Castelo (23,1%) obtiveram «resultados muito significativos», diz a APEMIP citada pelo «Diário de Notícias».

A falta de dinheiro, as maiores dificuldades no mercado de trabalho e as elevadas restrições que os bancos colocam à concessão de crédito à habitação levam muitos dos portugueses a optarem pelo arrendamento, apesar de algumas mediadoras garantirem que os portugueses estão a voltar a comprar casa.

Mas afinal, qual é a melhor solução?

O jornal «i» revela na edição desta segunda-feira que a compra nem sempre compensa. Segundo a Century 21 «não é vantajoso comprar casa com a perspectiva de a vender daqui a três anos ou para quem tem a noção de que a sua vida vai mudar a curto prazo - nestes casos é preferível optar pelo arrendamento».

«Por vezes a renda é mais elevada do que a prestação a pagar ao banco, só que os consumidores esquecem-se dos juros e impostos que têm de pagar e se somarmos isso tudo para um período de três anos verificamos que é mais compensador pagar a renda mensal, pois não tem mais nenhum custo», acrescenta.

Feitas as contas: um arrendamento custa em média 600 euros. Já um apartamento para compra poderá chegar aos 146 mil euros. A este montante terá que se juntar os custos relacionados com o processo de compra e venda, bem como os encargos mensais.

De acordo com a APEMIP, 17,5% dos interessados em imóveis residenciais orientam as suas procuras, nos meses de Junho e Julho, para valores iguais ou inferiores a 75 mil euros e cerca de 50% das pesquisas que visam apartamentos e moradias traduzem uma intenção máxima de compra até 125 mil euros. Um sintoma da crise e do sobreendividamento cada vez mais presente.

«Juros já não voltam a estar tão baixos»
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