Certificados do Tesouro: só interessam a mais de 5 anos

Os Certificados do Tesouro, um novo produto de investimento/poupança destinado aos portugueses, chegam ao mercado em Julho. A Deco foi analisar estes novos títulos de dívida do Estado, e concluiu que podem ser um investimento interessante, mas só se quiser aplicar o seu dinheiro por mais de cinco anos.

Num artigo da Proteste Poupança, a associação de defesa do consumidor diz mesmo que, «para períodos curtos, os Certificados de Aforro rendem mais».

«O prazo máximo da nova aplicação com a garantia do Estado é de 10 anos e proporciona o rendimento das Obrigações do Tesouro a 10 anos (outra aplicação de poupança da dívida pública) desde que mantida até ao vencimento», refere. Ou seja, se mantiver o dinheiro aplicado por cinco anos ou mais, o rendimento torna-se mais interessante.

De acordo com a análise dos especialistas da associação, com mil euros durante 5 anos, os portugueses podem beneficiar de uma remuneração semelhante à das Obrigações do Tesouro a 5 anos, cerca de 3,3% em termos líquidos, actualmente. Ou seja, neste período, conseguiriam acumular 1.176 euros.

Quem mantiver o investimento durante uma década, pode atingir uma poupança de 1.524 euros.

Por isso mesmo, a Deco apenas recomenda este produto a quem tem a certeza de que não vai precisar do dinheiro nos próximos 5 anos ou mais. Só assim esta é uma boa opção de investimento, com capital garantido.

Já para prazos inferiores a 5 anos, «há depósitos com rendimento superior. Actualmente, para 12 meses, as taxas variam até 2,4% líquidas (Banco Popular), enquanto os Certificados do Tesouro deverão render apenas cerca de 1% líquidos ao ano, nos primeiros 4 anos».

Caso tenha Certificados de Aforro há mais de 4 anos, a Deco aconselha a não transferir para os do Tesouro: passaria a ganhar apenas 1% nos primeiros 4 anos, e não os 2% dos Certificados de Aforro.