Famílias reais europeias perdem milhões com a crise

Existem vários monarcas europeus na lista dos 15 líderes e governantes de sangue real mais ricos do mundo, divulgada pela revista «Forbes». Praticamente todos perderam muito dinheiro com a crise.

Os investimentos na bolsa e outros activos, incluindo o imobiliário, deram maus resultados e retiraram milhões às famílias reais e a desvalorização de activos como mansões, palácios, peças de arte e jóias, fizeram encolher ainda mais as fortunas.

Os escândalos também pesam no bolso de alguns membros de famílias reais. Ou melhor, deixam os seus bolsos mais leves. O príncipe Hans-Adam II, do Liechtenstein, é o sexto na lista da Forbes e o primeiro europeu, com 3,5 mil milhões de dólares (menos 1.500 milhões), em parte por ter diminuído o valor do seu banco, LGT.

No ano passado, o banco enfrentou um escândalo relacionado com a fuga fiscal, por ter alegadamente ajudado clientes abonados a esconder o dinheiro. E agora, o presidente executivo do banco, filho do príncipe, está também a ser investigado por evasão fiscal.

O príncipe Alberto II do Mónaco é o segundo monarca europeu na lista da Forbes. A sua fortuna vale mil milhões de dólares, depois de ter caído 400 milhões.

A rainha Isabel II, de Inglaterra, tem uma fortuna avaliada em 450 milhões de dólares, após uma queda de 200 milhões, devido à desvalorização das propriedades imobiliárias e à desvalorização dos seus investimentos.

Por fim, há ainda lugar para a rainha Beatriz Wilhelmina Armgard da Holanda. A rainha e os seus filhos investiram e perderam, de acordo com notícias nunca confirmadas, 100 milhões de dólares com a fraude de Bernard Madoff.

A monarca holandesa tem uma fortuna de 200 milhões de dólares, tendo perdido 100 milhões devido à crise imobiliária e à queda dos mercados.

Consta que a rainha inglesa e o seu filho, o príncipe Carlos, também terão sido abordados por representantes de Madoff, que tentaram aliciá-los a investir no mesmo esquema Ponzi, mas não terão cedido à tentação.