Governo quer ajudar a empregar 3 mil pessoas por mês - TVI

Governo quer ajudar a empregar 3 mil pessoas por mês

Ministro quer aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores desempregadas até 2013

O Governo quer aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores desempregados até 2013, ou seja dar trabalho a mais 3.000 pessoas por mês, segundo uma resolução aprovada esta quinta-feira no Conselho de Ministros. E admite mesmo financiar agências de colocação de desempregados, que são empresas privadas, para ajudar nesse objetivo.

Também esta quinta-feira, uma equipa de ação europeia de combate ao desemprego jovem viajou para Portugal, onde se regista uma taxa de 34,5 por cento de população jovem sem trabalho, com a missão de arranjar soluções para o problema.

A equipa de Bruxelas irá trabalhar em estreita colaboração com peritos nacionais para avaliar como podem ser usados no combate ao desemprego entre os jovens os 14 por cento de fundos estruturais europeus que estão por atribuir.

Já o diploma aprovado hoje em Conselho de Ministros visa, segundo Álvaro Santos Pereira, «a modernização do sistema de informação dos centros de emprego, o que irá facilitar a colocação de ofertas no portal netemprego e permitirá a criação de um registo eletrónico público de todas as ofertas de emprego captadas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)».

No programa insere-se ainda a criação de um gestor de carreira, que pretende facilitar o regresso ao mercado de trabalho.

Segundo a agência Lusa, o Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego inclui oito eixos e um conjunto de medidas que visam fomentar a captação de ofertas de emprego, cooperar com parceiros para a colocação de desempregados, reestruturar a rede de Centros de Emprego e Centros de Formação Profissional, entre outras.

Álvaro Santos Pereira adiantou ainda que a rede de centros de emprego vai ser reestruturada e sujeita a fusões para se tornar «mais ágil» e que vão ser reduzidos cerca de 150 dirigentes, «que vão passar a desempenhar tarefas técnicas de apoio direto a desempregados».

Esta «racionalização» deverá permitir poupanças superiores a um milhão de euros.

O secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, explicou que estes dirigentes vão assegurar um acompanhamento mais proximo dos desempregados como gestores de carreira: «Os responsáveis dos váris centros cujas posições serão eliminadas no decurso desta reestruturação poderão ter um contacto mais próximo com os desempregados através desta figura de gestor da carreira».

Álvaro Santos Pereira ressalvou que as alterações hoje apresentadas contam com a participação ativa dos empresários e dos sindicatos e foram consagradas no pacto assinado com os parceiros sociais.

Já de acordo com os dados do IEFP, no final de janeiro, havia mais de 637 mil inscritos nos centros de emprego, contra uma quebra do número de vagas disponíveis.
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