Poupar e investir em segurança: as melhores opções - TVI

Poupar e investir em segurança: as melhores opções

Poupança

Deco recomenda Depósitos a prazo, Certificados de Aforro e Obrigações do Tesouro

Depósitos a prazo, Certificados de Aforro e Obrigações do Tesouro «são as melhores alternativas para as suas poupanças neste momento, se privilegia a estabilidade e a segurança, ainda que mediante um juro inferior», avança a Dinheiro & Direitos de maio/junho, da Deco. Mas isso não significa que deva aceitar produtos com rentabilidade inferior à taxa de inflação.

«Segurança e liquidez são as palavras-chave do seu investimento», por isso, «não deve colocar todos os ovos no mesmo cesto: a regra de ouro é diversificar bancos e aplicações».

Depósitos só até um ano

Os depósitos a prazo são uma boa ideia, mas nem todos servem. Como deve assegurar a possibilidade de resgatar o dinheiro a qualquer momento e, de preferência, sem custos, não se recomendam prazos longos. Também não deve aplicar em produtos sem garantia de capital ou que estejam sujeitos a variáveis difíceis de controlar.

Por exemplo, os depósitos em moeda estrangeira, apesar de protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos, dependem da variação cambial e, como consequência, o dinheiro pode não estar garantido.

Deve ainda prestar atenção à taxa de juro. Muitos bancos estão a remunerar depósitos até um ano a juros inferiores a 1%, que mal cobrem a inflação. Segundo o Banco de Portugal, o valor estimado para este ano é de 0,7%. Por isso, não deve aceitar depósitos com taxas abaixo de 1% brutos.

Atualmente, para 5.000 euros a um ano, os juros líquidos variam entre 0,07 e 3,6%. As melhores taxas são, em regra, praticadas no caso de novos clientes ou capitais, bancos online e montantes elevados. Na renovação, procure negociar a taxa de juro e mude de banco se a proposta não for satisfatória.

Certificados de Aforro na corrida

Não eram recomendados desde 2008 mas, em setembro do ano passado, o Governo mudou as regras. Até final de 2016, estão congelados os prémios de permanência, mas é adicionado um bónus de 2,75% brutos à taxa de base. A soma tem o limite de 5%.

O prazo máximo dos certificados é de 10 anos e a taxa de juro calculada mensalmente com base na Euribor a três meses. A subscrição é feita nos correios com um mínimo de 100 euros. Os juros, capitalizados ao bolo total, são pagos trimestralmente. A liquidez é elevada: só não pode mobilizar o dinheiro nos primeiros três meses. Às subscrições ou renovações realizadas em abril de 2013 foi aplicada a taxa de 2,3% anuais líquidos.

«Ainda que a remuneração fique abaixo das melhores taxas de juro dos depósitos, encontra-se bastante acima da média e da inflação, o que coloca este produto de novo na corrida das aplicações sem risco mais interessantes».

OT a partir de oito anos

Tal como os Certificados de Aforro, as Obrigações do Tesouro são títulos de dívida pública e podem ser alternativas de investimento seguro. Porém, mostram-se menos recomendáveis na ótica do fundo de maneio, devido à liquidez inferior: para não perder dinheiro, o dinheiro tem de manter-se aplicado por cinco a dez anos.

Além disso, contrariamente aos certificados, existem comissões para o cliente, porque a compra corresponde a uma operação em Bolsa. Daí só compensarem no caso de subscrições a partir de 2.500 euros. E, para haver garantia de rendimento e capital, devem ser mantidas até à maturidade ou até ao vencimento, o que pode ser uma desvantagem se surgir um imprevisto. No entanto, no leque das aplicações de baixo risco, as Obrigações do Tesouro são o produto com melhor rendimento: 4 a 4,8% líquidos para prazos entre cinco a dez anos.

Uma quarta opção que pode considerar são os seguros de capitalização, mas com capital garantido. Se o montante aplicado não estiver salvaguardado, esqueça.

Este produto cobra comissões quando resgatado nos primeiros anos de subscrição, o que penaliza o rendimento e a liquidez. Se mantiver por um prazo superior a oito anos, além de evitar as comissões de resgate, beneficia de uma grande redução na taxa de imposto sobre os juros, que passa de 28 para 11,2%.
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