PSD quer impor tectos só nas novas pensões - TVI

PSD quer impor tectos só nas novas pensões

(Mário Cruz/Lusa)

Propostas dos sociais-democratas para a Segurança Social motivaram troca de acusações entre os dois maiores partidos durante o dia

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, exclui fazer alterações ao valor das reformas já atribuídas pelo Estado, afirmando que o seu partido só admite «ajustamentos» nesta matéria «para futuro».

Em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com a direcção da União das Misericórdias Portuguesas, em Lisboa, o presidente do PSD fez questão de ressalvar que, no seu entender, «todos aqueles que produziram os seus descontos e que têm hoje direito às suas reformas e às suas pensões as deverão manter no futuro, sob pena de o Estado se apropriar daquilo que não é seu».

«Para futuro, para aqueles que no futuro irão desenvolver os seus descontos com vista a obter reformas no futuro, para eles é possível que tenha de haver ajustamentos, mas isso o programa do PSD deixará bem claro quando for apresentado», completou Passos Coelho.

Hoje de manhã, no Fórum da TSF, o presidente do PSD admitiu estabelecer um limite máximo para as reformas pagas pelo Estado, considerando muitas pessoas «auferem reformas desproporcionadas aos descontos que fizeram».

Passos Coelho deu o exemplo da Espanha, onde o Estado não atribui reformas superiores a 2.500 euros, acrescentando: «Significa isto o plafonamento, o que significa que as pessoas não fazem descontos para ter reformas superiores a esse valor. Julgo que, no futuro, vamos ter de encontrar uma solução parecida com esta».

Estas suas declarações motivaram uma conferência de imprensa do PS, que o acusou de avançar com uma «proposta perigosa e irresponsável de privatização parcial» da Segurança Social que poderá colocar em causa a sustentabilidade do sistema público. A contra-resposta do PSD chegou pela voz de uma deputada do partido, já que Pedro Passos Coelho não quis responder ao PS, limitando-se a sublinhar que «todos aqueles que produziram os seus descontos e que têm hoje direito às suas reformas e às suas pensões as deverão manter no futuro, sob pena de o Estado se apropriar daquilo que não é seu».
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