Regresso aos mercados: Irlanda perto do sucesso, Portugal avançado

A Irlanda está perto de ser bem sucedida no objetivo de regressar aos mercados de dívida, sendo, de todos os países sob resgate, o que está mais adiantado no processo. Mas Portugal também está «bem avançado», disse Joerg Asmussen, membro alemão do conselho executivo do Banco Central Alemão (BCE), citado pela Reuters.

Asmussen, que falava em Washington, teceu elogios aos progressos feitos pela Irlanda e por Portugal nos processos de ajustamento, mas colocou a Grécia noutro patamar, considerando que é «o caso mais difícil».

Recorde-se que a Irlanda já realizou duas emissões de dívida de longo prazo desde que solicitou assistência financeira: uma primeira emissão de obrigações a 5 anos, e outra a 10 anos. Portugal apenas realizou uma emissão de dívida a cinco anos, numa operação sindicada. O regresso aos mercados terá, no entanto, de passar por uma emissão a 10 anos, prazo que serve de referência para os mercados, que ainda não tem data marcada, estando o Governo a aguardar por «condições de mercado» favoráveis. Condições que alguns bancos de investimento dizem estar reunidas nas próximas semanas ou até mesmo dias.

Na mesma intervenção em Washington, Asmussen deixou um apelo aos países do euro para avançarem com a união bancária, uma ferramenta que pode ajudar a prevenir crises futuras.