Portugueses entre os 400 jovens que participam em cursos na Alemanha - TVI

Portugueses entre os 400 jovens que participam em cursos na Alemanha

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Programa será financiado pelo Governo alemão já a partir do próximo ano

Mais de 400 jovens do sul da Europa, principalmente portugueses e espanhóis, vão frequentar cursos de formação profissional na Alemanha a partir do próximo ano escolar, através de um programa financiado pelo Governo alemão divulgado esta terça-feira.

A iniciativa, na sua edição inaugural, dirige-se a jovens do sul da União Europeia (UE) que queiram ter um diploma de formação profissional alemão, num sistema dual que enfatiza a componente prática, com trabalho como aprendizes em empresas do país.

O programa «MobiPro-EU» prevê que os jovens recebam um curso de alemão intensivo, de até oito semanas, no seu país de origem - alguns dos selecionados já começaram o curso de língua - e durante os três meses de verão realizem trabalhos na empresa já acordada no seu curso.

Em agosto e setembro, começam a formação profissional, integrados em turmas com alunos alemães e nos centros educativos mais próximos da empresa que lhes concedeu uma vaga para trabalhar, já que a formação dual dedica mais da metade das horas letivas de trabalho nas empresas.

A Central de Mediação para Estrangeiros e Especialistas (ZAV), da Agência Federal de Emprego (BA) da Alemanha, estimou que o Estado alemão vai gastar mais de 10 mil euros por estudante estrangeiro por ano, já que o «pacote completo» que os alunos recebem incluem alojamento, transporte, cursos de aperfeiçoamento de idioma, entre outros itens.

No total, a BA destinará mais de quatro milhões de euros a este programa.

A maioria dos postos de trabalho dos candidatos concentra-se nos setores da hotelaria e gastronomia, assim como mecatrónica e cabeleireiros, entre outros.

A maior parte das empresas que participam no programa são pequenas ou médias, encontrando-se em cidades pequenas do sul da Alemanha, a região mais industrializada do país.

A Alemanha não consegue suprir a procura interna de lugares para aprendizes e, no ano passado, 33 mil destes postos ficaram vagos.
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