Cúpula europeia: reunião de emergência já começou - TVI

Cúpula europeia: reunião de emergência já começou

Perigo de contágio a Itália terá motivado encontro

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Já começou a reunião de emergência entre os altos responsáveis da Zona Euro, convocada pelo presidente do Conselho Europeu.

Com início marcado para as 8h de Bruxelas (7h de Lisboa), o encontro ficará marcado pelo objectivo de «coordenar posições» sobre o segundo plano de ajuda à Grécia, que tem suscitado divisões quando aumentam os receios de contágio da crise da dívida.

Aliás, o perigo de contágio à economia italiana terá mesmo motivado a urgência desta reunião, embora o porta-voz do presidente do Conselho Europeu tenha dito à France Presse que «não se trata de uma reunião de crise», mas sim de «coordenação de posições».

Os juros da dívida italiana dispararam subitamente na passada sexta-feira. Embora fosse Espanha a suscitar inicialmente maior preocupação no seio europeu, a verdade é que Itália tem alguns problemas mais graves do que o país vizinho. Um deles é precisamente o tamanho da dívida pública do país.

Num encontro à porta fechada, Herman Van Rompuy conta com a presença dos presidentes do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e do Eurogrupo.

Entretanto, as negociações da moeda única estão em alerta vermelho. O euro está a depreciar face ao dólar, precisamente por causa do estado de alarme provocado por esta reunião.

Vítor Gaspar apresentas medidas em Bruxelas

Para logo à tarde, está agendada uma reunião do Eurogrupo, marcada pela estreia de Vítor Gaspar nestas lides europeias.

O novo ministro das Finanças vai apresentar as medidas de consolidação orçamental.

Entre elas, há a destacar a decisão de realizar uma sobretaxa extraordinária em sede de IRS, equivalente a um corte de 50% no subsídio de Natal acima do salário mínimo.

Vítor Gaspar vai também reafirmar o compromisso de Lisboa no que toca à realização do programa de privatizações.

Isto uma semana depois do «ataque» ao rating de Portugal. A agência Moody`s baixou o rating da República, da dívida com garantia estatal de quatro bancos e ainda de empresas e cidades portuguesas.

O presidente do Conselho Europeu logo criticou a decisão daquela agência de notação financeira. «Se as autoridades públicas querem continuar a ter a última palavra, então os políticos têm de actuar a nível europeu e internacional». Assim, «temos de romper o oligopólio das agências de rating e controlá-las», disse ainda na semana passada ao «El País».

Van Rompuy vem a Portugal esta terça-feira para se reunir com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e com o Presidente da República.
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