O ex-presidente do Banco Comercial Português (BCP) Filipe Pinhal vai liderar o Movimento dos Reformados Indignados (MRI). Em entrevista à TVI24 explicou o seu envolvimento e as razões do protesto.
«A minha indignação é claramente contra aquilo que toda a gente considera um abuso do Governo e uma prepotência no lançamento de uma coisa chamada contribuição extraordinária de solidariedade», começou por dizer, acrescentando:
«Fala quem está indignado. A soma do IRS e da contribuição extraordinária de solidariedade para valores acima de 20 mil euros, e esse é um ordenado relativamente comum na banca para postos diretivos, come 90% da pensão, aí as pessoas se calhar já se alarmam. Se leva 90% do rendimento é incomportável».
Pinhal esclarece que o MRI é «um grupo de amigos que resolveu dirigir-se, em janeiro, ao Provedor de Justiça para protestar por um ato abusivo da administração e os ecos vêm agora porque na altura a generalidade das pessoas não julgava que era com eles, mas quando viram os recibos de janeiro e viram o pedaço que lhes foi retirado das pensões aí as pessoas passaram a saber que era com eles».
O ex-presidente do BCP diz que só não foi à manifestação deste sábado «apenas por um impedimento pessoal, senão estaria», mas esclarece que o seu movimento não usa o tema «Grândola Vila Morena», mas outra música de Zeca Afonso: «É preciso agitar a malta».
Agora, o MRI espera que «durante o mês de março o Tribunal Constitucional tome a sua decisão e declare a contribuição extraordinária de solidariedade inconstitucional».
Ex-banqueiro contra «abuso do Governo» nas reformas mais altas
- Redação
- FC
- 3 mar 2013, 23:38
Filipe Pinhal explica porque vai liderar Movimento dos Reformados Indignados
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