«Perante esta afronta ao povo português é preciso que alguém diga não». Para Jerónimo de Sousa esta é a resposta ao pedido de encontro que a troika, que reúne FMI, BCE e Comissão Europeia, dirigiu ao PCP. «Ligaram de manhã para dizer que à tarde estariam na sede do PCP: reconhecemos este tom de mandante», revelou.
Em conferência de imprensa, o secretário-geral dos comunistas disse esta segunda-feira que o processo da vinda do FMI a Portugal é uma «ingerência, um roubo e um desastre». Jerónimo de Sousa não tem dúvidas a vinda do fundo ao país só irá «contribuir para as desigualdades sociais do país».
Jerónimo de Sousa alertou ainda que já informou o primeiro-ministro desta resposta, a quem, para o deputado comunista, compete agora reunir com o Fundo Monetário Internacional, sublinhando que o PCP «não se subordina ao capital internacional».
Para o PCP, esta «intervenção externa traz roubo nos salários, redução nas funções sociais do Estado, recessão e alienação de importantes parcelas da soberania nacional» e «perante esta afronta ao povo português é preciso que alguém diga não ¿ esta é a mensagem do PCP».
Questionado sobre se esta decisão não irá mostrar à Europa que o país não está unido, Jerónimo de Sousa é pronto na resposta: «Nós não consideramos que isto é uma ajuda: aliás, esta intervenção visa aumentar todos os problemas nacionais, seja no plano interno, seja no plano da dívida externa. Mesmo depois da chegada da chamada troika, os especulares não abrandaram, e os nossos juros continuam a aumentar».
«Chamar isto empréstimo ou ajuda ou no mínimo procurar enganar os portugueses». E sublinha que o PCP tem uma «alternativa» a este plano do FMI.
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PCP: «Perante esta afronta é preciso dizer não»
- Redação
- JF
- 18 abr 2011, 16:37
Jerónimo de Sousa recusa encontro com troika do FMI, BCE e Comissão Europeia
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