O Governo espanhol aprova na sexta-feira um novo plano de combate à fraude que inclui, entre outras medidas, o limite de 2.500 euros em operações a dinheiro «em que intervenha um empresário profissional».
Mariano Rajoy, presidente do Governo, anunciou no Congresso de Deputados que a medida prevê multas de 25 por cento do valor pago para quem não respeite esta proibição.
O chefe do executivo referiu-se ao plano de combate à fraude depois de ser questionado pelo líder da Esquerda Unida (IU), Cayo Lara, sobre a amnistia fiscal anunciada pelo executivo no âmbito do Orçamento do Estado para este ano.
Rajoy, que considerou que a medida «tem sentido na situação atual», afirmou que não se trata de uma amnistia total já que os rendimentos que surjam terão que pagar um imposto especial de entre 8,0 e 10 por cento.
Explicando que a medida «excecional» terá efeito apenas em 2012, Rajoy disse que se trata de aprovar ações para reduzir o défice público, conseguindo melhorar as receitas do Estado.
«Aumentamos alguns impostos ¿ tentamos fazê-lo de forma justa e equitativa ¿ cortámos nos gastos públicos e nesta situação não queremos subir mais os impostos e, por isso, esta medida tem sentido», afirmou.
Rajoy recordou que Espanha adotou medidas idênticas em 1977, 1984 e 1991, alturas em que se realizaram completas amnistias fiscais porque os rendimentos regularizados não pagaram qualquer imposto.
Depois, na mesma sessão de controlo ao Governo, o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, matizou os comentários do chefe do Governo, considerando que em vez de «amnistia fiscal» se deve falar de «regularização de ativos ocultos».
Espanha limita operações em dinheiro a 2.500 euros
- Redação
- LF
- 11 abr 2012, 10:07
Medida tem como objectivo combater a fraude
Continue a ler esta notícia