A escalada dos preços de habitação tem vindo a dificultar o acesso ao arrendamento nos centros da cidade um pouco por toda a Europa. Tal como em Lisboa e no Porto, o assunto tem enchido páginas de jornais e motivado diversos protestos da população em várias cidades europeias, com o objectivo de convencer os poderes políticos e económicos a tomar medidas para que as rendas habitacionais voltem a ser acessíveis à classe média. E numa altura em que se multiplicam os anúncios feitos por governos locais e nacionais sobre as iniciativas que se vão fazendo para travar essa escalada dos preços – a última foi a cidade de Praga, que proibiu os alojamentos locais na cidade –, o jornal Público comparou os problemas de acesso à habitação em três grandes cidades que ilustram a situação a nível europeu: Lisboa, Berlim e Barcelona. E as conclusões dão conta de que é mais difícil arrendar casa em Lisboa do que na cidade espanhola e na capital alemã.
A análise foi desenvolvida pelo grupo de investigação Morfologia e Dinâmicas do Território do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e mostra como a realidade na cidade de Lisboa é muito mais grave do que aquela que é encontrada em Barcelona e em Berlim, cidades que, neste contexto, também já se tornaram referência em termos de resposta ao nível de políticas públicas de habitação.
O estudo assenta no cruzamento entre rendas e rendimentos de um agregado simulado integrado por um casal com um menor dependente, que reside num T2 de 95 metros quadrados (m2), em cada uma das três cidades.
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