Reino Unido: FMI pede corte de impostos e das taxas de juro - TVI

Reino Unido: FMI pede corte de impostos e das taxas de juro

Christine Lagarde, FMI

Lagarde sugere corte de impostos temporário ao nível do IVA ou nos descontos contributivos

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O governo britânico deve ponderar mais medidas para dinamizar a economia, como o corte de impostos e das taxas de juro, sugeriu esta terça-feira a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

«O crescimento está muito lento e o desemprego, incluindo o dos jovens, está demasiado alto», enfatizou a diretora, Christine Lagarde, numa conferência de imprensa hoje em Londres, onde apresentou o resultado de uma missão de avaliação no Reino Unido, cita a Lusa.

Embora o relatório apresentado aprove o esforço de consolidação orçamental, e considere «apropriado» o valor previsto para este ano, de 0,5 por cento contra dois por cento nos anos anteriores, considera existir margem para sustentar crescimento.

Lagarde defendeu, assim, que «são necessárias políticas para suportar a procura antes que o fraco crescimento se aprofunde».

Entre as propostas feitas estão que o Banco de Inglaterra continue a injetar capital na economia britânica e que pondere a redução da taxa de juro de referência, atualmente no recorde mínimo de 0,5 por cento.

Outras hipóteses são um corte de impostos temporário, nomeadamente, exemplificou Lagarde, do IVA ou dos descontos contributivos.

Tal como outras instituições, como a OCDE e a Comissão Europeia, também o FMI espera que a economia britânica acelere no segundo semestre do ano.

Porém, também referiu a incerteza e os riscos de um prolongamento da crise na zona euro para o Reino Unido que, mesmo estando fora do grupo, tem laços comerciais fortes com os dezassete.

«Um agravamento dos problemas na zona euro poderia desencadear um ciclo adverso e auto-reforçador de confiança e exportações reduzidas, maiores custos de financiamento bancário, crédito mais difícil e desvalorização dos bens, resultando num choque recessivo substancial», adverte o FMI.
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