Quatro recordes sucessivos em pouco mais de uma hora. Os juros da dívida portuguesa bateram um novo máximo a cinco anos nos 7,942%, às 11h47, voltaram a renovar o recorde para os 7,949%, às 12h27, depois para os 7,951%, às 12h37 e às 13h16 dispararam para os 7,991%. A escalada fez-se sentir logo depois de o Governo ter anunciado um reforço adicional das medidas de austeridade para cumprir as metas do défice.
Esta reacção dos mercados denota a descrença dos investidores quanto ao sucesso do maior esforço que vai ser feito este ano e nos dois próximos, com o ministro das Finanças a revelar as linhas-mestras do Pacto de Estabilidade e Crescimento para 2012 e 2013.
As Obrigações do Tesouro a cinco anos estão assim praticamente coladas aos 8%. O nervosismo está a atingir níveis perigosamente elevados, já quase 1% acima da barreira psicológica inicial - os 7% - definida pelo ministro das Finanças como o momento em que valeria a pena colocar em cima da mesa um eventual pedido de ajuda.
Embora tenham aliviado ligeiramente, os juros a cinco anos estão a esta hora nos 7,935%. Já as OT a 10 anos negoceiam nos 7,758%, tendo o máximo da sessão até agora sido de 7,783%. O último recorde foi alcançado ontem (7,83%).
Embora os mercados estejam cada vez mais pessimistas quanto ao cumprimento de Portugal, Bruxelas já veio dizer que as medidas apresentadas são suicientes.
[Notícia actualizada às 12h17 com novo máximo]
Mercados descrentes: juros batem recorde nos 7,991%
- Redação
- VC
- 11 mar 2011, 12:07
Governo acaba de anunciar reforço de medidas de austeridade. Para investidores parece não chegar
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