Acordo grego permite 1º ganho europeu em 4 sessões

As bolsas europeias registaram a primeira sessão de ganhos em quatro dias, depois de ter sido alcançado o acordo na Grécia, entre o Governo do país e a troika internacional, sobre as medidas de austeridade a adoptar por Atenas para garantir o segundo resgate, no valor de 130 mil milhões.

A reacção, apesar de positiva, foi moderada, uma vez que os investidores precisam ainda de pesar as consequências e os termos deste acordo, que ainda não são absolutamente conhecidos.

Ainda assim, os juros da dívida grega aliviaram no mercado secundário e a maioria das praças europeias fechou em alta.

Sem surpresas, foi Atenas a liderar, com um crescimento de 1%, seguida de Madrid, que trepou 0,6%. As restantes registaram ganhos mais ligeiros ou, no caso de Milão, até uma descida.

Em Lisboa, o PSI20 também contrariou o optimismo da maioria das praças e caiu 0,5% para 5.667,94 pontos, num dia de correcção.

A EDP liderou as descidas ao cair 2,63% para 2,22 euros, mas acabou o sector financeiro quem se destacou no vermelho, num dia em que até recebeu boas notícias: o Banco Central Europeu (BCE) aprovou o acesso a financiamento por parte dos bancos portugueses através de novas garantias, como crédito à habitação ou ao consumo com baixa probabilidade de incumprimento.

Mesmo assim, os bancos estiveram a corrigir das fortes subidas registadas nas últimas sessões. O BPI desceu 2,31% para 0,59 euros, o BES perdeu 1,62% para 1,65 euros e o BCP, que tinha disparado 40% em 3 sessões, caiu 0,54% para 0,18 euros. O banco voltou a registar um volume de negociação anormal: transaccionou 370 milhões de acções, quase sete vezes mais do que é a média diária do banco nos últimos meses.