O corte de rating da República, anunciado pela Moody's, continua a castigar os bancos e a bolsa de Lisboa em geral.
O PSI20 cai 0,79% para 7.806,90 pontos, com os bancos a serem mais castigados. O corte de notação da dívida pública levou a uma escalada dos juros das Obrigações do Tesouro, cujas taxas estão próximas dos 9% no prazo a 10 anos e acima dos 10% no prazo a 5 anos. O risco do país, medido nos credit default swaps (CDS), uma espécie de seguro contra o incumprimento, subiu esta manhã, ultrapassando, pela primeira vez, o da Irlanda.
A juntar a tudo isto, os maiores banqueiros portugueses foram na segunda-feira à noite dizer ao Banco de Portugal que não continuarão a emprestar dinheiro ao Estado português.
A meio da sessão de bolsa, o BCP registava uma das maiores descidas do dia, caindo 1,72% para 57 cêntimos. O BPI também recuava 1,37% para 1,22 euros e o BES deslizava 1,33% para 2,90 euros.
A crise da dívida pública começa a afectar também as empresas nacionais, especialmente as ligadas ao Estado ou mais expostas à actividade económica do país. Assim, a Fitch cortou a classificação da dívida da EDP num nível. As acções caem 1,05% para 2,74 euros.
Nas comunicações, a Fitch decidiu manter o rating da PT, mas colocou a empresa sob vigilância negativa, o que pode indiciar que um corte está para breve.
Lá por fora, os investidores estão também de olho na situação de Portugal, que ameaça fragilizar o euro. As principais praças seguem no vermelho, com destaque para a vizinha Espanha, que perde cerca de 1%.
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Banca aprofunda perdas e castiga bolsa
- Redação
- PGM
- 5 abr 2011, 13:31
![Agência Financeira](https://img.iol.pt/image/id/13375971/1024.jpg)
Corte de rating faz disparar juros da dívida e risco do país
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