PT anulou queda mas não chegou para bolsa fechar no verde - TVI

PT anulou queda mas não chegou para bolsa fechar no verde

Bolsa

Banca e energia obrigaram Lisboa a fechar em queda

A Portugal Telecom, que esteve no centro das atenções toda a sessão, anulou praticamente a queda de quase 5% que chegou a registar durante a manhã, mas isso não chegou para permitir que a bolsa fechasse em alta. A banca e a energia pressionaram e o PSI20 não conseguiu melhor que uma queda de 0,36% para 7.111,70 pontos.

A operadora estreou-se em águas profundas, com os investidores a reagirem a quente à notícia de que a Telefónica retirara a oferta sobre a Vivo. Os jornais avançavam que a espanhola iria recorrer aos tribunais para dissolver a parceria com a PT no Brasil e a contenda litigiosa é apontada pelos analistas como a pior via possível para resolver a situação.

No entanto, ao longo do dia, foram surgindo outras notícias de que as duas empresas ainda poderiam retomar as negociações ou mesmo continuar com as conversações em privado, o que acabou por levar os investidores a optarem por uma atitude mais cautelosa até que surjam novos desenvolvimentos. A PT acabou o dia a perder apenas 0,34% para 8,02 euros, numa sessão em que também a Telefónica acabou quasse sem reacção.

As notas mais negativas acabaram por recair noutros sectores, como a banca e a construção. A Cimpor liderou as quedas, ao deslizar 2,02% para 4,66 euros, seguida pela Brisa, que caiu 1,13% para 4,80 euros.

No sector financeiro, o BCP desceu 0,81% para 61 cêntimos por acção, o BES caiu 0,68% para 3,37 euros e o BPI recuou 0,19% para 1,57 euros.

Na energia, foi também no vermelho que a sessão fechou, com a EDP a baixar 0,4% para 2,47 euros e a Galp a perder 0,08% para 12,36 euros.

No terreno positivo, a nota de maior destaque foi para a Jerónimo Martins. A retalhista liderou os ganhos, subindo 1,73% para 8,29 euros, depois de o banco de investimento Goldman Sachs ter elevado o preço alvo das suas acções de 8,40 para 8,80 euros.

Lá por fora, as principais praças europeias encerraram também em queda ligeira, abaixo de 0,5%, depois de a Moody¿s ter cortado a classificação da dívida pública da Irlanda e de surgirem rumores de que a Hungria pode vir a precisar de mais ajuda do Fundo Monetário Internacional.

Já nos EUA, é no verde que seguem os índices bolsistas, Dow Jones e Nasdaq a subirem 0,17% cada. Apesar de alguns dados económicos decepcionantes como a confiança no sector imobiliário, os investidores deixaram-se animar pelos resultados empresariais, que têm saído acima das expectativas e pelas notícias de fusões e aquisições, bem vindas após muitos meses de pouca movimentação, devido à crise.
Continue a ler esta notícia