Sócrates diz que colocação da dívida foi «um sucesso» - TVI

Sócrates diz que colocação da dívida foi «um sucesso»

Sócrates na cimeira que juntou os líderes europeus

Portugal necessita de assegurar 20 mil milhões em 2011, através da emissão Obrigações do Tesouro com diferentes maturidades

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira a colocação da dívida portuguesa nos mercados de capitais «um sucesso, qualquer que seja o parâmetro pelo qual se analise».

O leilão de hoje foi «um sucesso na procura e um sucesso no preço, e isso é a melhor demonstração de confiança na economia portuguesa por parte dos mercados», sublinhou José Sócrates, rodeado de dezenas de representantes da imprensa internacional, à entrada para a Heimtextil, em Frankfurt.

Sócrates acrescentou que o resultado da operação de refinanciamento o deixou «muito satisfeito», considerando «o reconhecimento - por parte dos mercados - de quer Portugal está a fazer o que deve».

Lembrou depois que o comportamento da economia portuguesa em 2010 «foi sem dúvida surpreendente», como já tinha sustentado na véspera, em Lisboa, cita a Lusa.

«Não só vamos ter um défice menor do que esperávamos, e uma redução do défice superior a dois pontos percentuais, como vamos ter um crescimento económico superior a 1,3%», disse o primeiro-ministro.

Mercados reagiram «à boa conduta do Governo»

Na opinião de Sócrates, a colocação da dívida a juros menores do que têm vigorado ultimamente em diversas maturidades é «a reacção dos mercados à boa conduta do Governo português de reduzir o défice e pôr as contas em ordem», acrescentou.

«Portugal não vai baixar os braços e o Governo português não vai baixar os braços. O meu dever é estar ao lado de todos os portugueses que dão o seu melhor para a recuperação económica do país, e estou em Frankfurt para estar ao lado das empresas portuguesas», disse o primeiro-ministro, que visitou a Heimtextil, maior feira do mundo de têxteis para o lar, onde estão 56 expositores portugueses.

Recorde-se que o Tesouro português colocou hoje obrigações a dez anos com uma taxa de juro de 6,716%, inferior à da emissão anterior, que atingiu os 6,806%, tendo tido uma procura 3,2 vezes superior à da oferta. A procura, segundo a mesma fonte, bateu o recorde dos últimos dez anos.

Na maturidade a quatro anos, a taxa de juro foi de 5,396%, quando no final de Setembro, o Tesouro pagou um juro de 4,041% por dívida com maturidade em 2014.

Esta foi a primeira colocação portuguesa de Obrigações do Tesouro a cinco e dez anos desde que a Irlanda recebeu auxílio internacional.

Portugal necessita, em 2011, de assegurar 20 mil milhões de euros a encaixar, sobretudo, através da emissão Obrigações do Tesouro, com diferentes maturidades.
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