Bancos nacionais precisam de 7 mil milhões - TVI

Bancos nacionais precisam de 7 mil milhões

Deste valor, quase 4 mil milhões resultam da avaliação à exposição dos bancos a dívida pública

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Os principais bancos portugueses necessitam de 6,95 mil milhões de euros para cumprir as necessidades de capital para 2011 e 2012, de acordo com a avaliação da Autoridade Bancária Europeia (EBA, sigla em inglês), divulgada pelo Banco de Portugal.

Este valor representa uma quebra de 854 mil milhões face ao montante apontado em Outubro, data da última análise.

Só os quatro principais bancos - CGD, BES, BPI e BCP - precisam de mais de cinco mil milhões de euros, com destaque para a Caixa que lidera as necessidades de capital deste grupo.

BPI e BCP admitem, mesmo, em comunicado enviado à CMVM, recorrer à ajuda do Estado, através da linha de capitalização no valor total de 12 mil milhões de euros.

Dos quase sete mil milhões que faltam nos capitais próprios dos bancos, 3,718 mil milhões de euros são resultantes da avaliação a preços de mercado das exposições a dívida soberana detidas em 30 de Setembro de 2011.

Somam-se 3,232 mil milhões de euros que representam o valor necessário para que a banca cumpra o objectivo fixado pela EBA de um rácio de core tier 1 de 9% até 30 de Junho de 2012. Este valor «corresponde ao montante que resulta das medidas de capitalização já previstas nos planos de financiamento e de capital para 2011 e 2012 apresentados ao Banco de Portugal [BdP], em conformidade com os compromissos assumidos no âmbito do Programa de Assistência Financeira».

Esta avaliação da Autoridade Bancária Europeia «visa criar uma almofada temporária de capital e, por consequência, reforçar a solidez das instituições, na actual situação de incerteza associada à crise da dívida soberana», explica o BdP, em comunicado enviado às redacções.

As instituições financeiras têm, agora, até 20 de Janeiro de 2012 planos de capitalização, podendo recorrer da linha de recapitalização do Estado, no valor de 12 mil milhões de euros, conforme o acordado com a troika.
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