CGD lidera necessidades de capital: mais 1,8 mil milhões - TVI

CGD lidera necessidades de capital: mais 1,8 mil milhões

CGD

Necessidades da Caixa são as maiores entre os quatro principais bancos portugueses e está impedida de recorrer à linha de recapitalização acordada com a troika

As necessidades de capital da Caixa Geral de Depósitos ascendem a 1,834 mil milhões de euros para cumprir o rácio de capital de 9% a partir de 30 de Junho do próximo ano, como exige a Autoridade Bancária Europeia (EBA, sigla em inglês).

Esta é a conclusão da avaliação realizada a 71 bancos europeus para dar resposta às preocupações dos mercados sobre os riscos soberanos, reflictindo a valorização aos

preços de mercado correntes das exposições a dívida soberana.

Esta avaliação da Autoridade Bancária Europeia «visa criar uma almofada temporária de capital e, por consequência, reforçar a solidez das instituições, na actual situação de incerteza associada à crise da dívida soberana», explica o Banco de Portugal, em comunicado enviado às redacções.

A CGD apresenta as maiores necessidades de reforço de capitais entre os quatro maiores bancos nacionais: o BES precisa de 188 milhões de euros e o BPI 1,4 mil milhões.

Já o BCP precisa, pelas contas da EBA, de 2,13 mil milhões de euros - no entanto este valor baseia-se em dados de Setembro deste ano, mas foi compensado em parte com o reforço de fundos próprios decorrente de uma operação realizada a 13 de Outubro. As necessidades reais do banco são de 1,73 mil milhões de euros, revela o BCP.

Além disso, o caso da CGD é diferente dos restantes bancos nacionais, já que a Caixa está impedida, pelo memorando da troika, de recorrer à linha de capitalização, no valor de 12 mil milhões de euros.

Assim, para reduzir as suas necessidades de capital até meados de Junho de 2012, a CGD terá de recorrer a meios próprios, nomeadamente com a venda da Caixa Seguros e Saúde, já anunciada.

A meta para apresentar um plano ao Banco de Portugal para cumprir as metas de rácio de solvabilidade é até 20 de Janeiro de 2012.

O objectivo é «restaurar a confiança nos participantes do mercado e facilitar o acesso dos bancos aos mercados de financiamento, assim como capacitá-los a continuar

a prestar apoio financeiro à economia real», como esclarece a CGD em comunicado enviado ao regulador.
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