CGD não vai cortar salários este ano

A Caixa Geral de Depósitos não vai cortar os salários aos seus trabalhadores este ano, tal como acontece com a TAP. Ambas tiveram direito a um regime de exceção aos cortes salariais que estavam inscritos no Orçamento para este ano, disse fonte oficial do Ministério das Finanças à Agência Financeira.

«A Caixa vai manter os salários dos seus trabalhadores este ano. Ou seja, aplica exatamente o mesmo regime do ano passado», esclareceu a mesma fonte, antes de acrescentar que o banco público já pagou, inclusivamente, os ordenados relativos aos meses de Janeiro e Fevereiro, deixando antever que a decisão já tinha sido tomada antes.

Questionada sobre a possibilidade de outras empresas públicas virem a beneficiar do mesmo regime de exceção, a mesma fonte apenas disse que «para já, só há informações relativas à CGD e TAP».

A notícia foi avançada esta tarde pelo «Público» online que garantia que a CGD iria manter os salários dos seus trabalhadores intactos em 2012.

Também o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) confirmou à AF que a CGD manteve a mesma política do ano passado. «No ano passado, a CGD requereu ao Estado a possibilidade de manter os salários intactos, cortando os custos com pessoal através de cortes noutros subsídios e benefícios dos trabalhadores», explicou Paulo Alexandre, da direção do sindicato, acrescentando que, com essas medidas, o banco «reduziu os custos com pessoal até mais do que aquilo que era obrigado a fazer».

«Este ano, as regras do Orçamento do Estado mantêm-se (corte médio de 5% nos salários) e a Administração da Caixa decidiu manter a decisão do ano passado», ou seja, não mexer nos salários e manter os cortes nas outras remunerações que, em muitos casos, «foram feitos de forma indireta».

A decisão da Caixa teve, obviamente, de receber o «OK» do Ministério das Finanças.

Mantém-se, ainda assim, o corte dos subsídios de férias e Natal.