É «muito provável» resgates ficarem por aqui - TVI

É «muito provável» resgates ficarem por aqui

Vítor Constâncio espera que mercados apreciem esforços europeus para apoiar países em dificuldades

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[Notícia actualizada às 21h35 com declarações da Eslováquia]

«É muito provável» que Portugal seja o último país a beneficiar da ajuda financeira das autoridades europeias e do FMI. Quem o admite é o vice-governador do Banco Central Europeu, o português Vítor Constâncio.

«Acho que é muito provável e é isso que nós esperamos que os mercados percebam, que a Europa criou os mecanismos para lidar com o problema e que algumas situações mais vulneráveis foram tratadas», disse Constâncio, citado pela Bloomberg, durante uma entrevista concedida em Nova Iorque.

Uma opinião que é partilhada pelo director do FMI para a Europa, António Borges, que acredita que a crise fique circunscrita aos três países resgatados - Grécia, Irlanda e Portugal -, embora admita problemas em Espanha.

Igual perspectiva tem o ministro das Finanças da Eslováquia, Ivan Miklos, que deixou ainda um apelo: «Há eleições a 5 de Junho, o que significa que os países europeus esperam que haja um compromisso não só do Governo mas também dos principais partidos da oposição de que vão ser respeitadas recomendações do programa» que está a ser preparado pela troika».

As «esperanças» de Constâncio

E Vítor Constâncio «espera» que os mercados apreciem os esforços europeus para apoiar os países em dificuldades. A ajuda a Portugal deverá ficar fechada em Maio.

O número dois do BCE afirmou que «tem grande esperança» que a situação do mercado estabilize. Mas os juros cobrados a Portugal só têm aumentado.

Vítor Constâncio não quis comentar as matérias relacionadas com um eventual apoio ao sector bancário e disse apenas que as medidas extraordinárias que estão a ser tomadas para travar a crise da dívida europeia são «temporárias» e que ainda é muito cedo para dizer quando é que a instituição liderada por Jean-Claude Trichet vai diminuir as medidas extraordinárias de apoio à economia.

Tudo «dependerá da evolução da situação e das nossas avaliações».

Sobre a dependência do financiamento do BCE por parte de vários bancos da Zona Euro, entre os quais as principais instituições financeiras portuguesas, Vítor Constâncio disse apenas que quando BCE tiver alguma coisa a dizer, dirá. Não antes.
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