Empresas: «leasing» cresce 2,3 mil milhões no 1º semestre - TVI

Empresas: «leasing» cresce 2,3 mil milhões no 1º semestre

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Subida é de 12,1% nos créditos tomados pelas empresas de «factoring», o que indicia que «recuperação económica se tem efectuado a conta-gotas»

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Os créditos tomados pelas empresas de factoring na primeira metade do ano aumentaram 2,3 mil milhões de euros em relação ao mesmo período de 2009, revelou esta quinta-feira a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF). Este montante reflecte um aumento de 12,1%.

Entre Janeiro e Junho, as factors nacionais acumularam um total de 12,9 mil milhões de euros em facturas cedidas no primeiro semestre deste ano, enquanto no mesmo período de 2009 o valor total de créditos tomados foi 10,61 mil milhões de euros.

«Ao contrário do que se antevia no final de 2009, a recuperação económica tem-se efectuado a conta-gotas, pelo que o sector do factoring, um produto que por norma convive bem com situações económicas adversas, tem continuado a assistir a um aumento da sua procura», afirmou Carlos Rocha, vice-presidente da ALF, num comunicado citado pela agência Lusa.

No final do primeiro semestre deste ano, o factoring doméstico atingiu os 8,7 mil milhões de euros, contra 7,2 mil milhões registados no período homólogo anterior. Já no que diz respeito ao factoring internacional (importação e exportação) foram tomados créditos no valor de 737 milhões de euros, acima dos 722 milhões de euros dos primeiros seis meses de 2009.

Na área do confirming, onde o cliente, na qualidade de devedor, contacta a empresa de factor para que esta passe a gerir os seus pagamentos a fornecedores, entre Janeiro e Junho o valor total de créditos foi de 3,2 mil milhões (comparativamente aos 2,6 mil milhões tomados no mesmo semestre de 2009).

Segundo a ALF, as empresas fornecedoras do sector público representavam 38,1% dos adiantamentos de facturas por parte das empresas de factoring, com 20% para colmatar dívidas das autarquias e regiões autónomas, 9,5% para dívidas na área da saúde e 8,6% para as facturas em dívida pela administração central, excluindo-se a área da saúde.

Os restantes 61,9% da verba do factoring nacional destinaram-se à cobertura de facturas de fornecimentos a entidades privadas e a entidades públicas empresariais.
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