Facebook para vigiar «tiranos» - TVI

Facebook para vigiar «tiranos»

Tyrannybook

Rede social Tyrannybook foi criada pela Amnistia Internacional. Ideia é reunir os perfis dos líderes que mais atentam contra direitos humanos

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Há já quem não viva sem as redes sociais. Mas há também quem vá passar a ser perseguido por elas. A Amnistia Internacional acaba de criar o Tyrannybook, uma espécie de Facebook e Twitter destinado a vigiar tiranos.



Os líderes mundiais que mais violam os Direitos Humanos estão a partir de agora sob o olhar atento desta rede social da responsabilidade daquela organização sem fins lucrativos. O que fazem e o que dizem estas figuras pode ir parar directamente ao Tyrannybook.

Veja aqui como funciona o Tyrannybook



Como? A rede social disponibiliza um «sistema de seguidores», em que os utilizadores «podem actualizar-se acerca das faltas que vários líderes cometem perante os conhecidos e consagrados Direitos Humanos».



Aqui a rede assemelha-se ao Twitter, já que o conceito «seguir» também está presente no objectivo desta rede social: «Caberá a cada utilizador decidir quais os líderes que mais lhe interessa vigiar». E mais, os utilizadores podem mesmo «tornar-se aliados [uns dos outros]» para trocar opiniões e discutir temas.



Rede social arranca com 10 perfis



Mas é, também, um livro de caras como o Facebook, até no interface utilizado. Para já, são dez os perfis dos tiranos presentes no site que incluem também fotografias e uma pequena biografia.



Na lista estão Robert Mugabe do Zimbabué, Omar Al- Bashir do Sudão, Kim Jong II da Coreia do Norte, Than Shwe de Mianmar, Hu Jintao da China, Mahmud Ahmadinejad do Irão, Thomas Lubanga Dyilo da República Democrática do Congo, Radovan Karadzic da Sérvia, Aleksandr Lukashenka da Bielorrúsia e Ramzan Akhmadovich Kadyrov da Chechénia.



Os perfis dos líderes são actualizados pela Amnistia Internacional, mas também pelos utilizadores que obtenham informações relevantes sobre o «avançar ou recuar da situação dos países que [essas figuras] lideram».



Com este serviço, a Amnistia Internacional Portugal pretende «criar uma consciência alargada acerca das várias atrocidades que são cometidas um pouco por todo o mundo».

Os líderes mundiais passam a estar na mira não só de instituições, mas também de todas as pessoas que os seguem no Tyrannybook. E a rede social promete crescer. Os tiranos que se cuidem.
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