Gastos: Anacom gastou 150 mil euros para festejar 20º aniversário - TVI

Gastos: Anacom gastou 150 mil euros para festejar 20º aniversário

ANACOM

Empresas do Estado e outras entidades gastam milhões de euros em festas, consultorias, compras e reparações

Numa altura em que a palavra de ordem é «crise»...poupar não parece ser a palavra mais ponderada. Câmaras, empresas do Estado e outras entidades gastam milhões de euros em festas, consultorias, compras e reparações.

O site onde o Governo revela os ajustes directos feitos por vários organismos públicos dá a conhecer uma série de despesas realizadas, por exemplo, para trabalhos de consultores, festas e instalações de eventos.

Mas também para comemorar aniversários não se olham a despesas. A ANACOM gastou 150 mil euros na comemoração do seu 20º aniversário. Destes 150 mil euros, 12 mil foram gastos em convites e 60 mil na organização da festa.

Segundo o site do site do Governo, a entidade reguladora das comunicações gastou ainda 75 mil euros no aluguer do espaço onde o evento decorreu.

Não fugindo ao mesmo sector, a Autoridade Nacional de Comunicações (ICP) gastou 130 mil euros numa campanha de informação sobre roaming internacional.

Governo remete explicações para os responsáveis

Interrogado pelos jornalistas à saída do Conselho de Ministros, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, começou por responder dizendo que as explicações devem ser dadas pelos responsáveis das entidades envolvidas nestes gastos excessivos.

«Não pondo em causa os argumentos formais que possam ser dados a partir dos estatutos que essas entidades têm de autonomia financeira e administrativa, considero que no actual momento do país, quando os portugueses estão a fazer um esforço elevado, é de exigir a todos solidariedade nesse esforço», avisou o governante, citado pela Lusa.

Para Teixeira dos Santos, «é importante que o esforço que está a ser conduzido na Administração Pública seja acompanhado por todas as entidades, mesmo por parte daquelas que têm maiores recursos».

«Entendo que é precisamente quando os recursos são abundantes que todos nós devemos ser mais parcimoniosos. Por isso, muitas das medidas que o Governo está agora a tomar serão estendidas ao sector empresarial do Estado e aos institutos públicos», referiu Teixeira dos Santos.

[Notícia actualizada com reacção do ministro das Finanças]

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