Grécia cumpriu metas e deve receber mais 9 mil milhões - TVI

Grécia cumpriu metas e deve receber mais 9 mil milhões

Grécia

Delegação da União Europeia e FMI destacou «grandes progressos» das medidas de austeridade para baixar défice em Atenas. Mas lembram que é preciso mais trabalho para receber outras tranches do empréstimo de 110 mil milhões

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As medidas de austeridade postas em prática na Grécia para cortar aquele que é o segundo maior défice orçamental da União Europeia estão a alcançar «grandes progressos». Por isso, tudo leva a crer que o país esteja em condições para receber a próxima tranche de 9 mil milhões de euros, no âmbito do empréstimo de 110 mil milhões acordado pela UE e pelo FMI.

«Estou confiante de que iremos com certeza avançar com o próximo pagamento» do plano de apoio a três anos, afirmou o responsável do FMI, Poul Thomsen, citado pela agência Lusa.

A delegação da UE-FMI esteve quase duas semanas em Atenas a avaliar a implementação do plano de austeridade. A ideia é que o Governo grego consiga obter um corte equivalente a 14% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os responsáveis elogiaram o progresso da Grécia e afirmaram que o Governo já está mais à frente em relação a algumas metas estipuladas. Mas, apesar dos progressos, o país ainda tem de enfrentar «riscos e desafios significativos». Por isso, recordaram, é preciso mais trabalho para, em troca, Atenas receber as tranches seguintes.

As «metas de desempenho foram todas atingidas, devido a uma vigorosa implementação do programa de consolidação e há importantes reformas que já vão mais avançadas que o previsto», diz a delegação num comunicado conjunto. E rematou que «a nossa avaliação global é que o programa teve um bom começo».

O optimismo é visível. O responsável do FMI diz ser «possível» a Grécia voltar aos mercados de dívida já no próximo ano.

Por agora, o país vê-se a braços com a mais alta inflação da União Europeia, a receita está abaixo do previsto e as estimativas do FMI apontam para uma recessão na ordem dos 4% este ano.

O primeiro-ministro grego não teve mãos a medir na aplicação das medidas de austeridade: já aumentou os impostos e cortou salários. A população respondeu com vários meses de greves contra aquelas medidas, que conseguiram reduzir o défice em 45% logo na primeira metade do ano, comparando com o mesmo período de 2009.
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