Horta Osório: grandes investimentos «devem ser repensados» - TVI

Horta Osório: grandes investimentos «devem ser repensados»

Horta Osório

Presidente do Santander no Reino Unido sublinha que dependerá «de nós e da execução das medidas a acalmia dos mercados»

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O presidente executivo do Banco Santander no Reino Unido, António Horta Osório, afirmou esta terça-feira que a situação portuguesa merece «a máxima ponderação» e que medidas de investimento como as do comboio de alta velocidade devem ser repensadas.

Veja aqui as declarações (vídeo)

«Eu registo com agrado as declarações do primeiro-ministro português, José Sócrates, que em conjunto com o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, se reuniu na semana passada. Pareceram-me críticas para acelerar e tranquilizar os mercados à medida que eles vejam que vão sendo postas em prática e os resultados desejados vão sendo obtidos», disse à imprensa o responsável do Banco Santander UK, em Lisboa, refere a Lusa.

O gestor, que falava à saída da entrega dos prémios «Best Leader Awards 2010», garantiu que dependerá «de nós e da execução das medidas a acalmia dos mercados».

«Se as medidas anunciadas levarem progressivamente à redução do défice, como eu tenho repetido, e que foi bem anunciado e apropriadamente divulgado no encontro da semana passada é normal que a situação fique mais calma, mas nós temos que ganhar essa credibilidade e percorrer esse caminho» acrescentou.

Horta Osório considerou também positivos que os dois líderes, o primeiro ministro José Sócrates e o presidente do PSD, Passos Coelho, terem referido que se houver necessidade de medidas adicionais estarão «dispostos a considerá-las e implementá-las».

«Isto parece-me muito positivo», adiantou.

Questionado sobre se as medidas deveriam passar pelo aumento da carga de impostos, Horta Osório foi perentório: «Devem privilegiar a descida da despesa pública, pois são muito mais eficazes dada a situação de endividamento português e de falta de competitividade».

As medidas que promovam o aumento da carga fiscal não serão bem vindas, mas projectos como o transporte de alta velocidade devem ser «obviamente repensadas».

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