Jardim Gonçalves vai impugnar decisão do Banco de Portugal

Jardim Gonçalves vai contestar a decisão do Banco de Portugal, conhecida esta quinta-feira, e que penaliza o fundador do BCP com a coima máxima, um milhão de euros.

Numa nota enviada à redacção, o fundador do BCP garante que irá «impugnar» a decisão. E diz ainda «o discurso acusatório do governador do Banco de Portugal em Dezembro de 2007, precedido pelos discursos de sentido idêntico ministro das Finanças e do presidente da CMVM, antes mesmo de ser realizada qualquer investigação, não dava outra alternativa ao Banco de Portugal senão avançar com esta condenação, antes da posse do novo Governador do Banco de Portugal, ex-director-geral do BCP».

«A condenação vem na linha da reunião realizada em Dezembro de 2007, no Banco de Portugal, do governador com os maiores concorrentes accionistas do BCP, e a que eu chamei "atípica" na Comissão Parlamentar», pode ler-se ainda no comunicado. «O BCP deu um grande contributo para todo o sistema financeiro, que o Banco de Portugal não acompanha», acusa ainda o fundador do banco.

Segundo o «Expresso», o

Banco de Portugal condenou seis ex-administradores do BCP no âmbito do processo de contra-ordenação sobre prestação de informação falsa relativa a mais de 17 sociedades sedeadas em paraísos fiscais.

Condenados com coima e inibição de exercer no sector financeiro estão ainda Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck, António Rodrigues, Alípio Dias e António Castro Henriques.