JP Morgan: «proposta da Telefónica alicia accionistas» - TVI

JP Morgan: «proposta da Telefónica alicia accionistas»

Zeinal Bava, foto Lusa

Operadora espanhola quer distribuir um euro de dividendo aos accionistas com encaixe da Vivo. Mas mesmo assim negócio pode «não estar garantido»

Relacionados
A proposta da Telefónica em distribuir um dividendo de um euro pelo possível encaixe da venda da Vivo é nada mais nada menos do que uma forma de aliciar os accionistas. A opinião é do banco JP Morgan, ao considerar que a estratégia revelada esta terça-feira pela Telefónica tem em vista colocar os accionistas do lado da empresa espanhola.

A promessa da empresa do país vizinho «sugere que a Telefónica e a PT estão longe de chegar a um acordo e que alguns accionistas da operadora portuguesa necessitam de ser convencidos a votar pelo negócio da venda da Vivo», explicou o banco norte-americano, numa nota de análise, citada pela agência Lusa.

PT pode lucrar mais 500 milhões se aceitar oferta

Ongoing vai votar contra venda da Vivo

O JP Morgan acredita que «a Telefónica pode vir a subir a oferta antes da assembleia-geral» do próximo dia 30 de Junho. Para já, a parada está nos 6,5 mil milhões de euros.



Espanhóis poderão «subir preço para 7,3 mil milhões»



Ainda assim, o banco considera que «a última proposta da Telefónica é uma movimentação agressiva». Até porque força a administração da PT a entregar, pelo menos, 875 milhões de euros aos accionistas caso dêem o aval ao negócio.

A somar a este montante estão ainda os «10% da Telefónica, que a PT poderá recomprar, e a redução da dívida da empresa em 2,3 mil milhões de euros».

Prognósticos só mesmo no fim do jogo. O negócio pode não estar «garantido» e os espanhóis poderão «subir o preço para 7,3 mil milhões de euros», refere o banco na mesma nota.

Certo é que a proposta da Telefónica de reforçar a actual política de remuneração aos accionistas, através de um «dividendo complementar e extraordinário» de um euro por acção vai mesmo avançar na próxima assembleia de accionistas. Esta medida versa sobre parte dos rendimentos da venda da participação na Brasilcel, holding que controla a Vivo e onde a PT e a operadora espanhola detêm 50%.

A posição da Telefónica já foi comunicada à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola. Está apenas condicionada à aprovação, pela assembleia-geral, da oferta apresentada pela Telefónica para a aquisição da posição da PT na operadora brasileira Vivo.

As acções da PT fecharam a sessão desta terça-feira a valorizar 0,09%.
Continue a ler esta notícia

Relacionados