Parece o Ikea, mas não é

É o mesmo azul e amarelo, os mesmos lápis pequeninos, os mesmos sacos de compras ¿ mas não se deixe enganar: esta loja do Ikea é uma imitação.

Chama-se 11 Furtinure e é um armazém de quatro andares no distrito da cidade de Kunming, na China. Parece Ikea, desde que se entra na porta, mas ao contrário da marca sueca, vende mobília feita por encomenda, em vez de produtos já embalados.

O armazém tem 10 mil metros quadrados e até uma cafetaria-restaurante. O menu, contudo, tem pratos chineses e não as almôndegas suecas.

As clonagens de marcas e lojas são uma nova moda na China.

No último mês, um blogger norte-americano postou fotografias de uma cópia de uma Apple Store, também em Kunming, que vende autênticos mas não autorizados iPhones, Macbooks e outros produtos.

Para Paul French, fundador da empresa de consultadoria, Acess Asis, a surpresa não é a imitação: «Não é nada de novo. Há 25 anos que é assim: qualquer marca que chegue aqui é clonada». Contudo, o modus operandi tem sido alterado: «O que está a acontecer com Apple e o Ikea é que são lojas semelhantes e não imitações».

O Ikea garante que tem equipas a trabalhar na propriedade intellectual da sua loja e produtos. «O Ikea é uma das maiores marcas de mobiliário do mundo. Proteger a propriedade intelectual dos seus produtos é crucial», disse à Sky News a Ikea China.

As leis chineses proíbem a cópia do aspecto e da sensação associada à marca, mas as empresas estrangeiras são obrigadas a fazer um registo na China; os Estados Unidos e outros países ocidentais têm apresentado várias queixas de que o estado chinês atrapalha a protecção intelectual.