Testes de stress: CGD arrisca prejuízos - TVI

Testes de stress: CGD arrisca prejuízos

  • Redação
  • Joana Rodrigues e Paulo Almoster, TVI
  • 27 jul 2010, 17:21

Caso o pior cenário projectado pelo Banco de Portugal se confirme, o BPI é o que melhor resiste com lucros de quase mil milhões

Relacionados
Imagine que o cenário mais adverso, traçado pelo Banco de Portugal para 2011, acontece mesmo. A economia cai mais de 2%, o desemprego chega aos 12%, as taxas de juro sobem, o preço das casas cai, a bolsa afunda 20% pelo segundo ano consecutivo, e o risco da dívida dos estados dispara dos Estados dispara: perante um cenário tão negro, qual é o banco nacional que vai ter melhores resultados?

O primeiro lugar vai para o BPI. Mesmo com o cenário mais adverso, o banco de Fernando Ulrich teria lucros de 978 milhões de euros. Depois o Millennium com 126 milhões de euros de lucros, a Caixa Geral de Depósitos ficaria já com prejuízos de 300 milhões, e o Grupo Espírito Santo teria quase 600 milhões de euros de prejuízos.

Vamos a explicações: o grupo BES teria os piores resultados porque tem a maior carteira de crédito, sobretudo às empresas. É também o que tem maiores participações financeiras em empresas como a PT, Zon ou EDP.

A Caixa Geral de Depósitos está também muito exposta aos riscos da bolsa e dos mercados financeiros. É accionista na Galp, PT, Zon, EDP, Cimpor e comprou dívida de vários estados europeus, especialmente a Portugal.

O Millennium BCP acaba por obter lucros, apesar da presença na Grécia e na Polónia obrigar a uma forte correcção em baixa dos resultados.

O BPI é o banco que mais ganha com a previsível subida dos juros, porque empresta mais às famílias do que às empresas, e é por isso menos prejudicado com o crédito malparado.

E é um banco praticamente sem exposição à bolsa de valores, o que evita prejuízos com uma eventual queda dos mercados.
Continue a ler esta notícia

Relacionados