Cimeira: Passos vai reforçar necessidade de uma «verdadeira união bancária» - TVI

Cimeira: Passos vai reforçar necessidade de uma «verdadeira união bancária»

Debate quinzenal de 19 de março de 2014 (LUSA)

Na agenda estarão ainda questões relacionadas com a energia

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse esta quarta-feira que o Governo português reforçará na reunião do Conselho Europeu a necessidade da construção de uma «verdadeira união bancária» e a diversificação das fontes de fornecimento energético.

Passos Coelho disse que, da parte do governo português, o mais importante será o tema do «processo de construção de uma verdadeira união bancária», lamentando alguma «indecisão» entre alguns parceiros europeus no «sentido de obter um acordo».

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Para o primeiro-ministro, seria desejável que se avançasse mais e mais rapidamente naquele processo, que «conduzirá a um regresso de mais confiança nos mercados europeus».

«É preciso que o mecanismo de resolução bancária tenha um adequado apoio europeu e possa constituir-se de forma mais rápida do que o que está previsto», defendeu.

Quanto à agenda para as políticas do clima e energia, Passos Coelho disse que Portugal defende «metas mais ambiciosas» não apenas para redução dos gases de efeito de estufa ou para aumentar a percentagem de renováveis mas também para aumentar as condições «de realização de um verdadeiro mercado interno» da energia.

«Está evidente que existe uma grande dependência energética de parte significativa das políticas energéticas que são desenvolvidas pela Rússia», sublinhou, defendendo maior diversificação das fontes de fornecimento energéticas e a «custos mais favoráveis».

Passos Coelho disse que o Conselho Europeu fará «uma avaliação da situação» do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, devendo ser «renovado o convite para que se encontrem soluções diplomáticas e políticas».

O primeiro-ministro sublinhou que «o que se passou com a Crimeia não respeita a Constituição da Ucrânia nem o Direito Internacional».

«Admito que o conselho possa ser bastante vigoroso na reafirmação de sanções que possam conduzir a mudança de posição por parte de intervenientes» ainda que mantendo os canais políticos abertos, disse.
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