«Só pode ser um lapso involuntário»: foi assim que o vice-primeiro ministro, Paulo Portas, classificou as
declarações da diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, numa entrevista divulgada esta segunda-feira pela emissora francesa «Radio Classique».
Governo reitera necessidade de consensos pós-troika
A responsável do FMI defendeu que Espanha é o único país da zona euro a progredir devido às reformas estruturais que começam a dar resultados, apelando ainda aos outros Estados que «passem das palavras aos atos».
«O único país que progride, apesar de não ser suficiente» para absorver a bolsa de desempregados «é a Espanha», reiterou Lagarde.
Em resposta a uma pergunta colocada pela deputada do CDS, Teresa Anjinho, na comissão de acompanhamento das medidas da troika, Paulo Portas sublinhou os avanços de Portugal na redução do desemprego, lembrou a taxa de desemprego espanhola e asseverou que aqui houve engano.
«Só pode ser um lapso involuntário, porque Portugal avançou significativamente na redução do desemprego, que está na ordem dos 14%, quando já foi de 18%. Se compararmos com Espanha, o país ainda tem uma taxa de desemprego na ordem dos 25%», defendeu o governante.
Portas respondia a questões colocadas pelos deputados da oposição. «Houve um programa bem conhecido e, contudo, o FMI esquece-se de Portugal e lembra-se de Espanha, que por acaso não teve programa de assistência. Isso não vos perturba?», perguntou Vitalino Canas, do PS.
Portas responde a Lagarde: «Só pode ser um lapso involuntário»
- Redação
- Diana Catarino
- 9 set 2014, 10:49
Vice-primeiro ministro reagia às declarações da diretora do FMI, que disse que Espanha é o único país que progride
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