«Greves dos transportes não condicionam processo de privatização» - TVI

«Greves dos transportes não condicionam processo de privatização»

Pires de Lima (Lusa)

Garantia deixada pelo ministro da Economia, depois da desconvocação da greve do Metro de Lisboa

Relacionados
O ministro da Economia, António Pires de Lima, saudou esta quarta-feira a notícia de desconvocação da greve do Metro de Lisboa na sexta-feira e assegurou que as greves nos transportes não condicionam o processo de privatização do setor.

«Saúdo a notícia da desconvocação da greve do Metro de Lisboa. Foi adiada, veremos se se vai verificar no dia 17 ou não», afirmou Pires de Lima aos jornalistas, no Estoril, à margem do Congresso Mundial de Culinária.

O ministro assegurou ainda que «as greves dos transportes não condicionam processo de privatização».

«Creio que as pessoas entendem bem que empresas de transportes que alimentam uma cultura de não-previsibilidade dos seus serviços são empresas que têm mais dificuldade em reter e fidelizar clientes e acho que também, por isso, é um passo positivo a execução deste calendário de reformas que passam pela concessão privada dos transportes do Porto e de Lisboa», acrescentou.

Os sindicatos representativos dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa adiaram uma semana, para o dia 17 de abril, a greve de 24 horas prevista para a próxima sexta-feira, revelou hoje à Lusa fonte sindical.

De acordo com Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), o adiamento de uma semana está relacionado com a falta de segurança devido à obrigatoriedade de serviços mínimos decretados na terça-feira pelo tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES).

«As organizações sindicais do Metropolitano reuniram, ponderaram as questões que tinham nesta altura em cima da mesa e acharam que não estão reunidas as condições de segurança quer para os utentes quer para os trabalhadores», disse a sindicalista.

Por isso, acrescentou, os sindicatos «decidiram suspender esta greve, substituindo-a por outra que está marcada para o próximo dia 17. A luta vai continuar contra esta intenção de privatização. Mudámos apenas o dia 10 para o dia 17».

Os trabalhadores do Metro de Lisboa e da rodoviária Carris estão em protesto contra a subconcessão das empresas, que está em concurso.
Continue a ler esta notícia

Relacionados