"Isto vem confirmar a celeridade deste processo, como espero que permita terminar com este clima de insinuações muito desagradável por alguns partidos da oposição"
Pires de Lima referia-se às críticas do PS que questinou se o Presidente da República terá mais informações sobre o negócio da TAP do que a Assembleia da República. Isto depois de Cavaco Silva ter dito, no domingo, que está "aliviado" com a privatização e que, ao que tudo indica, a transportadora aérea poderá permanecer autónoma, com uma base de operações em Portugal.
Hoje, o ministro da Economia, quando confrontado sobre o assunto pelos jornalistas que acompanham a comitiva presidencial na visita de Estado, assegurou que o processo foi transparente.
"Não se trata de informação privilegiada, trata-se de informação que é normal que tenha um PR. Como sabe, o Tribunal de Contas deu nota ontem mesmo que todo este processo do ponto de vista metodológico e de informação foi um processo que decorreu de acordo com as melhores regras da transparência", começou por defender.
Depois, classificou as críticas da oposição - para além dos socialistas, BE e PCP classificaram de "insulto" e "chocante" as declarações de Cavaco Silva - como um "gesto desesperado, suspeitas desesperadas e completamente infundadas".
Recusando responder "em detalhe" sobre os planos da Gateway para a TAP ( a TVI divulgou a proposta), Pires de Lima quis reforçar, no entanto, que o país sabe tudo o que deve saber sobre o negócio:
"É absolutamente transparente, não há nada, absolutamente nada a esconder. O caderno de engarnos foi apresentado e publicado no seu devido tempo. É um negócio importante para a TAP e para a economia portuguesa. Esta privatização era desejável"
A privatização da TAP, recorde-se, foi ganha por David Neelman, que fica com 61% da empresa. O negócio pode chegar aos 488 milhões de euros, dependendo da performance da companhia aérea durante este ano.
Exportar 100 milhões para a Bulgária no curto prazo
Depois de ter estado presente no Fórum Empresarial, com empresários portugueses e búlgaros e, também, com o Presidente da República e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Pires de Lima disse aos jornalistas que, apesar de as exportações de Portugal para a Bulgária serem ainda modestas, sai do país com uma certeza:
"Há potencial enorme, em múltiplas e distintas áreas, começando no agroalimentar, na construção, na engenharias, nas tecnologias, nas máquinas e equipamento. Creio que com os contactos bilaterais, (...) estaremos em condições de ultrapassar a meta de 100 milhões de euros de exportações para a Bulgária num prazo muito curto, de dois anos", balizou.
Pires de Lima frisou que "não faz sentido" que a Bulgária, um país estável, que faz parte da União Europeia, esteja no 48º lugar no ranking das exportações nacionais.
Deixou, por isso, expresso o desejo de que "é importante que continuemos a trablahar e que exportações possam valer pelo menos o dobro 200 milhões de euros até 2020".
Das oportunidades oportunidade de investimento da Bulgária para as empresas portuguesas, o ministro destacou dois setores: as infraestruturas e a engenharia.
Já o Presidente da República, durante o seu discurso no Fórum Empresarial, quis passar aos búlgaros a mensagem da recuperação económica em Portugal, dizendo que "os resultados falam por si".