Diferenciação da taxa social única pode ficar adiada - TVI

Diferenciação da taxa social única pode ficar adiada

Sócrates

Partido diz que Governo devia reconhecer que errou

O CDS-PP congratulou-se esta quinta-feira com o possível adiamento da diferenciação da taxa social única, anunciada quarta-feira pelo Governo, mas criticou o Executivo por lançar agora uma medida que foi ignorada quando ele a propôs há semanas atrás.

«Do lado do CDS, ficamos contentes, sempre que uma proposta do Partido tem um seguimento próprio e o Governo acaba por a tomar», disse à agência Lusa o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares.

«Mas ficava bem ao Governo, neste momento, mostrar humildade suficiente para reconhecer que errou, e que a medida que estava a propor era política e socialmente um erro, e que vai voltar atrás de acordo com uma crítica e sugestão feita pelo CDS há duas semanas», acrescentou.

O deputado lamentou que o recuo do Governo apenas aconteça, quando o pedido já «não é apenas do CDS mas também de parceiros sociais, quer do lado de quem cria emprego, quer do lado que representa os trabalhadores».

«No Parlamento, o Governo sempre recusou a responder a este desafio e à proposta, que foi apresentada pelo líder do CDS, Paulo Portas », criticou, lembrando também que «a primeira pessoa a propor o adiamento do agravamento da taxa social única em três pontos para quem contrata a termo» foi o antigo ministro das Finanças, António Bagão Félix.

Segundo Pedro Mota Soares, numa altura de recessão, o não adiamento da diferenciação da taxa social única é uma «medida que penaliza o emprego e as pequenas e médias empresas».

«É uma medida que pode fazer sentido quando existe uma expansão da economia mas que, quando estamos em recessão, é uma medida que penaliza o emprego e, acima de tudo, as pequenas e médias empresas que querem contratar jovens a termo», frisou o deputado.

Pedro Mota Soares lembrou que «subir em três por cento a taxa social única para quem quer criar um emprego novo», como o Governo pretendia, é um «total contra-senso» numa altura em que as taxas de desemprego continuam elevadas.
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